DestaqueEconomiaNewsPrincipais notícias

10 curiosidades sobre o Sol, centro no nosso sistema planetário

Ao longo da história, o Sol foi reverenciado por civilizações de todo o mundo como uma entidade divina. Deuses solares como Rá no Egito, Hélio na Grécia e o deus Inti entre os incas simbolizavam poder, criação e fertilidade. Essas culturas antigas reconheciam intuitivamente a importância do Sol para a existência e continuidade da vida na Terra.

Essa curiosidade sobre o Sol não é gratuita. Afinal, sem sua luz e calor, os ciclos naturais não ocorreriam, as plantações não cresceriam e nenhuma forma de vida sobreviveria.

Nos tempos modernos, o fascínio pelo Sol permanece, agora guiado pela ciência. Estudá-lo nos ajuda a entender não apenas o funcionamento do nosso sistema solar, mas também a origem e os limites da vida em nosso planeta.

Dos fenômenos solares às mudanças de longo prazo em sua atividade, mergulhar nesses detalhes é como desvendar os segredos de um velho conhecido que, mesmo tão presente, ainda guarda muitos mistérios.

10 curiosidades sobre o Sol

1. O Sol é uma estrela comum, mas vital

Sol visto do Espaço
Esse período costuma demorar 11 anos, será mesmo? (Imagem: Artsiom P/Shutterstock)

O Sol é uma estrela de tipo espectral G2V, classificada como uma anã amarela. Ele não é nem das maiores, nem das mais brilhantes do Universo, mas sua proximidade com a Terra o torna absolutamente essencial para a vida como conhecemos. Ele fornece luz, calor e energia para todos os processos que sustentam a existência dos seres vivos no planeta.

Mesmo sendo uma estrela comum, o Sol ocupa um papel extraordinário no nosso sistema planetário. Ele influencia o clima, determina os ciclos do dia e da noite e permite a fotossíntese, base de toda a cadeia alimentar terrestre. Sem ele, a Terra seria uma esfera congelada e inabitável vagando pelo espaço.

2. O Sol representa 99,8% da massa do Sistema Solar

sistema solar
Sistema Solar. (Imagem: Triff / Shutterstock.com)

Com um diâmetro de cerca de 1,4 milhão de quilômetros, o Sol é tão gigantesco que representa quase toda a massa de todo o sistema solar, cerca de 99,8%. Em comparação, a massa de Júpiter, o maior planeta, é apenas uma fração minúscula desse total.

Esse domínio gravitacional permite que o Sol mantenha todos os planetas, cometas, asteroides e luas em órbita. Se ele deixasse de existir, tudo o que conhecemos sairia de seu caminho atual e vagaria pelo espaço em linha reta, inclusive a Terra.

3. O núcleo solar é um verdadeiro reator nuclear

Representação artística de uma explosão no Sol liberando material para o espaço. Crédito: Skorzewiak – Shutterstock

Uma das principais curiosidades sobre o Sol diz respeito a como sua energia é gerada. No coração do Sol, a pressão e o calor são tão intensos que possibilitam a fusão nuclear: o processo no qual átomos de hidrogênio se fundem e formam hélio. Essa fusão libera uma quantidade gigantesca de energia, responsável por manter o Sol brilhando há bilhões de anos.

A energia gerada leva centenas de milhares de anos para sair do núcleo e atravessar as camadas internas até chegar à superfície. Quando finalmente é liberada como luz visível, ela demora pouco mais de 8 minutos para alcançar a Terra.

4. O Sol tem camadas distintas

Uma explosão X2.3 foi desencadeada no grupo de manchas solares AR3912 em 8 de dezembro de 2024, liberando material solar no espaço. Crédito: NOAA

Embora pareça uma esfera homogênea, o Sol possui várias camadas bem definidas. Entre elas estão o núcleo, a zona radiativa, a zona convectiva, a fotosfera (visível da Terra), a cromosfera e a coroa, que é a parte mais externa da atmosfera solar.

Cada camada desempenha funções específicas e influencia fenômenos como manchas solares, erupções e emissão de radiação. Entender essas camadas é essencial para estudar como o Sol afeta o ambiente espacial e até a tecnologia aqui na Terra.

5. A luz do Sol demora 8 minutos para chegar até nós

Segundo eclipse de 2025 será solar e acontecerá neste sábado (29). Crédito: Vyavan – Shutterstock

A luz que vemos do Sol não é imediata. Mesmo viajando à velocidade da luz (cerca de 300 mil km/s), ela leva aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para sair da superfície solar e chegar aos nossos olhos na Terra.

Isso significa que quando observamos o Sol, estamos, na verdade, olhando para o passado, o que vemos é como ele estava há mais de 8 minutos. Em caso de algum fenômeno extremo no Sol, só perceberíamos após esse tempo.

Leia mais:

6. O Sol gira, mas em velocidades diferentes

imagem detalhada de um eclipse solar total
Eclipses podem ter influenciado, diretamente, antigos egípcios (Imagem: Miguel Claro)

Diferente da Terra, o Sol é composto de gases e plasma, o que faz com que ele não gire como um corpo sólido. O equador solar gira mais rápido (em cerca de 25 dias) do que as regiões próximas aos polos, que levam cerca de 35 dias.

Essa rotação diferencial é um dos fatores que influencia o campo magnético solar e pode causar o surgimento de manchas solares e outras atividades magnéticas, que impactam diretamente o clima espacial.

7. O campo magnético do Sol é extremamente ativo

Buraco coronal com 62 vezes o tamanho da Terra dispara material solar em direção ao planeta. Crédito: NASA/SDO

O campo magnético solar é dinâmico e complexo, sendo o responsável por muitos dos fenômenos mais violentos que ocorrem no Sol, como erupções solares e ejeções de massa coronal. Essas explosões lançam partículas carregadas em alta velocidade para o espaço.

Quando essas partículas alcançam a Terra, podem interferir em sistemas de comunicação, redes elétricas e até colocar em risco satélites e astronautas em órbita. Estudar o campo magnético solar é fundamental para prever e mitigar esses efeitos.

8. O Sol está ficando mais brilhante com o tempo

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Marte neste domingo (9). Crédito: SolarSystemScope

Desde sua formação há cerca de 4,6 bilhões de anos, o Sol já se tornou cerca de 30% mais brilhante. Essa mudança ocorre porque, com o tempo, o processo de fusão em seu núcleo vai alterando sua composição, gerando mais energia.

Embora esse aumento seja lento, ele terá consequências a longo prazo. Em bilhões de anos, a radiação solar poderá ser tão intensa que tornará a Terra inabitável, mesmo antes do Sol se tornar uma gigante vermelha.

9. A coroa solar é mais quente do que a superfície

Imagem: NOAA/NASA

A fotosfera solar, ou superfície visível, atinge cerca de 5.500 °C. Porém, a coroa, que é a camada mais externa da atmosfera solar, pode alcançar temperaturas superiores a 1 milhão de graus Celsius, um fenômeno ainda não totalmente explicado.

Essa diferença de temperatura desconcertante é um dos grandes mistérios da astrofísica moderna. Missões como a Parker Solar Probe e a Solar Orbiter têm como um de seus principais objetivos entender esse comportamento.

10. O Sol tem um ciclo de atividade de 11 anos

Ilustração da sonda Parker Solar, da NASA, sobrevoando pertinho do Sol
(Imagem: NASA)

A cada 11 anos, o Sol passa por um ciclo de atividade que alterna entre períodos de calmaria e de intensa agitação magnética. Durante os picos de atividade, surgem mais manchas solares, erupções e tempestades solares.

Esse ciclo influencia o clima espacial e pode impactar desde GPS até satélites e redes elétricas. Por isso, astrônomos monitoram constantemente o comportamento solar para antecipar possíveis efeitos na Terra.

E vale a pena pensar que, se olharmos pelo ponto de vista cósmico, onde os ciclos geralmente levam milhões de anos para acontecer, o nosso sol com seu ciclo de onze anos, está, na verdade, piscando como uma luz de Natal (cosmologicamente falando).

Com informações de NASA Science – Sun Facts

O post 10 curiosidades sobre o Sol, centro no nosso sistema planetário apareceu primeiro em Olhar Digital.

Facebook Comments Box