Novas tarifas dos EUA podem ajudar na morte da mídia física nos games
A imposição de novos impostos pesados à China pelos EUA já está impactando no preço de diversos dispositivos eletrônicos e componentes de hardware, mas a possibilidade de novas tarifas contra o México gera preocupação com o futuro da mídia física.
É de conhecimento comum que a maior parte dos notebooks, celulares, consoles de videogame e etc. são fabricados na China, mas não é tão difundido que o México é, atualmente, o maior fornecedor de discos gravados para os EUA. Ou seja, as produtoras norte-americanas dependem em grande parte da terra natal do Chaves para seus jogos em mídia física.
O governo de Donald Trump nos EUA quer impor um imposto de 25% para produtos importados do México e Canadá. Atualmente, essas tarifas foram adiadas, mas ainda estão nos planos da administração.
A captura de tela acima mostra uma postagem de Daniel Ahmad, falando do impacto que as tarifas podem ter em jogos de mídia física. Ela aparece repostada por Mat Piscatella, especialista em games do NPD, levantando a possibilidade das produtoras simplesmente desistirem de fazer jogos físicos se os impostos começarem a ser cobrados do México.
Momento é difícil para a mídia física
A imposição de pesadas tarifas na importação de produtos é a estratégia do governo Trump para pressionar empresas a produzir seus itens dentro dos EUA. Enquanto o recurso pode acabar sendo eficaz para dispositivos que ainda se encontram em alta demanda, como celulares e GPUs, o resultado não deve ser o mesmo para a mídia física.
Produtoras têm uma margem maior de lucro com a distribuição digital de jogos e, conforme os jogadores se acostumam com o formato, o investimento em mídia física tem diminuído. No PC já ficaram raros os discos, e nos consoles jogos menores costumam sair no formato apenas digital.
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A mídia física atualmente ainda aparece em grandes lançamentos para PlayStation e Xbox. As novas tarifas, no entanto, podem ser a desculpa que as grandes produtoras esperam para matar o formato, uma vez que provavelmente não vão querer investir no estabelecimento de novas fábricas nos EUA, muito menos absorver o custo extra dos discos vindos do México.
Via: TechSpot