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Jogamos | Rocket Squad: Infinity: quando você junta FPS, extração, coop e robô maluco

A Jackto Studios veio com fome e entregou um jogo onde você entra num planeta hostil pra extrair loot, administrar orçamento, bater em robôs e… torcer pra mecânica funcionar. Um shooter cooperativo com ambição de galáxia e execução ainda em órbita. Mas olha, a ideia é boa. Pelo menos no PC.

Vamos ser sinceros aqui: a ideia por trás de Rocket Squad: Infinity é tipo aquele plano mirabolante do seu amigo no churrasco — começa incrível, empolga todo mundo, mas na hora de executar… tropeça no próprio chinelo. É tipo juntar Deep Rock Galactic, Borderlands e Ready or Not, passar tudo no liquidificador da Steam e servir gelado com o rótulo “acesso antecipado”.

E olha, eu gosto de ideia ousada. Adoro jogo cooperativo onde o trabalho em equipe decide tudo, principalmente quando você tá num planeta que parece ter sido desenhado pelo Elon Musk depois de três cafés e dois episódios de Rick and Morty. Mas aqui, entre uma partida e outra, a sensação é: “pô, o potencial tá todo aqui… só falta aparafusar as peças no lugar.”

História? É, tem uma. Mas o que importa é atirar e não morrer.

O mundo colapsou (óbvio), a mineração foi pro espaço (literalmente), e agora cabe a você e seu squad dar aquele jeitinho no caos interplanetário. A missão? Invadir planeta, extrair recursos, sair vivo e talvez, só talvez, salvar a humanidade. Ou pelo menos pagar o almoço da equipe com o loot.

A ambientação tem aquela pegada estilizada, meio cel-shading, meio “estagiário fã de No Man’s Sky”, com robôs chatos e mapas que parecem maquetes de sci-fi que não passou no Syfy Channel. Mas ei, visual não é tudo, né?

Jogabilidade: aperta W, chama o squad e reza pelo hitbox

O gameplay é onde o bicho pega — ou melhor, onde o bicho quase pega, porque às vezes ele trava, outras ele te ignora, e em alguns momentos, ele nem aparece. A proposta é boa: FPS cooperativo, personagens com habilidades diferentes, loot, objetivo, escape.

Você tem que montar time, distribuir os papéis, gerenciar recursos (tem orçamento, sim!), e fazer a extração. Mas sabe aquele combate que parece que tá sempre a dois patchs de ficar bom? Pois é. Mira meio solta, arma sem peso, IA inimiga que às vezes vem pra cima feito zumbi bêbado e às vezes te acerta de longe como se fosse sniper russo.

E olha, a cooperação é vital — se o seu time for ruim, você vai sofrer mais que novato no Escape From Tarkov. Só que, diferente de Tarkov, aqui o jogo ainda tá aprendendo a se explicar. Faltam indicadores, feedback visual, polimento nos controles. Tem hora que parece que você tá brigando mais com o HUD do que com os robôs.

Personagens: o squad tem carisma… na teoria

A ideia de classes com habilidades específicas é ótima. Tem tanque, tem suporte, tem DPS. Mas na prática, parece que todo mundo é só uma variação do mesmo boneco com skin diferente e uma skill que funciona 70% das vezes. A falta de impacto das habilidades ainda deixa o combate meio sem sal — tipo comer batata frita sem sal e sem ketchup. Tá lá, mas podia estar melhor.

Recepção dos players: aquele famoso “pô, tem futuro, MAS…”

No Steam, a galera tá dividida. Avaliação mista. Tem gente que curtiu o potencial (e ele existe, de fato), mas ninguém tá iludido: o jogo ainda tá cru. Um usuário resumiu perfeitamente:

“O jogo tem potencial, mas ainda precisa de muito trabalho. O combate é desajeitado e a otimização é ruim.”

Outro veio com a voadora do consumidor magoado:

“Comprei por um preço e, horas depois, tava mais barato. Me senti enganado.”

Aquela clássica sensação de “você é early adopter, parabéns, toma um prejuízo de presente.”

Otimização e técnica: se sua GPU falasse, ela pediria mais carinho

Roda? Roda. Mas depende de onde. No PC parrudo, você até consegue manter os frames na linha. Mas em configs mais humildes, tem stutter, drop, textura piscando… tudo aquilo que faz o jogador de PC lembrar da importância de driver atualizado e sacrifício de FPS aos deuses da Unreal Engine.

A interface também não ajuda muito. Tudo meio grande demais, ícone genérico, e aquele feeling de “isso aqui é placeholder, né?” Porque se não for, alguém aprovou com sono.

Mas então, tem salvação?

Tem, sim. Mas o jogo precisa de mais patch do que sofá velho com gato em casa. Se a Jackto Studios ouvir a comunidade, ajustar o combate, melhorar a progressão e botar o jogo pra rodar suave até em Steam Deck, tem chance real de se destacar. Porque a estrutura é boa. A premissa é interessante. Só que falta amarrar tudo com um gameplay mais responsivo, uma progressão mais envolvente e uma IA que não pareça feita por robô estagiário.

Rocket Squad: Infinity é tipo aquele jogo que parece promissor no trailer, mas ainda tá com cara de protótipo na hora do “valendo”. É como comprar uma nave espacial e perceber que o botão de decolar é só decorativo. Tem visual, tem conceito, tem potencial — mas ainda tá flutuando na órbita da ideia boa que precisa virar realidade jogável.

E como sempre, no PC a experiência é menos dolorosa. Porque pelo menos aqui você ajusta tudo, melhora desempenho e escapa da realidade de “console sofre em silêncio”.

“Você pode até morrer pra um robô bugado. Mas no PC, pelo menos o bug acontece em 144 FPS.”

Em breve, voltamos com a análise completa do jogo pra ver se ele decolou ou continua preso no hangar.

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