Startup brasileira de agentes de IA, DigAí vence competição no Web Summit Rio
A startup brasileira DigAí venceu a competição de pitch do Web Summit Rio nesta quarta-feira (30), último dia do evento realizado no Rio de Janeiro (RJ). O reconhecimento à companhia de agentes conversacionais movidos por inteligência artificial (IA) ocorreu após chegar à final ao lado de outras duas empresas brasileiras — Biolinker e Elephan.AI.
- OpenAI explica como seus modelos de IA são criados durante o Web Summit Rio
- Web Summit confirma novas edições no Rio de Janeiro até 2030
Realizada entre 27 e 30 de abril de 2025, a terceira edição do Web Summit Rio manteve a competição entre startups registradas no evento. Durante o programa, as empresas passaram por uma série de avaliações feitas por uma equipe de jurados.
A etapa final contou com a participação da diretora administrativa da Thompson Reuters Ventures, do sócio da CrossWork Ventures, Steven Ogunro, e do chefe de investimentos em estágio inicial da Trac VC, Brant Meyer, no time de jurados.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Em entrevista ao Canaltech, o fundador e CEO da DigAí, Christian Pedrosa, destacou que a importância do reconhecimento durante a disputa.
“Foi uma emoção muito grande saber que juízes daquele calibre, que estão ali liderando os maiores fundos de investimentos do mundo, conseguiram reconhecer a gente como a startup mais promissora”, disse.
Pedrosa também destaca o fato de que as três startups finalistas são brasileiras. “Isso fala muito do nosso país, nesse momento que a gente vive de inovação”, comenta.
Além da DigAí, o pódio de finalistas também contou com a Biolinker, startup de produção de proteína e de biologia sintética, e com a Elephan.AI, que oferece uma plataforma de IA com foco em vendas.

De recrutamento até negociação de dívidas com IA
O reconhecimento é voltado para uma startup brasileira que foca em agentes de inteligência artificial. O CEO da DigAí conta que fez parte da equipe de segurança digital do Nubank e que, na época, participou de um projeto voluntário para dar aulas de programação em escolas públicas de São Paulo.
“Vimos que ensinar programação é mais difícil quando você tem um aluno motivado. O mais difícil é passar em uma entrevista de emprego, ter uma estrutura lógica no pensamento que estava impedindo essa galera do terceiro ano”, conta.
Diante desse cenário, foi criado um simulador de entrevistas com IA para dar feedback imediato. “A gente viu que era poderoso, que tinha muitos alunos sendo os primeiros de uma comunidade, de uma área talvez bem carente de recursos, sendo os primeiros a trabalhar em banco, em uma grande empresa”, relata.
De início, o projeto começou como um entrevistador de IA para substituir entrevistas de emprego iniciais. Na sequência, outras aplicações foram lançadas em cima da tecnologia, como um agente de IA dentro do WhatsApp para conversar com o candidato.
“As empresas pediram outras soluções e começamos a ofertar soluções de cobrança de dívidas, onde eu negocio uma dívida, e entendo a situação de quem está devendo sem ser aquele ‘bombardeio’ de mensagens que acaba sendo algo muito desumano”, diz o fundador. “A indústria no Brasil consegue vencer o devedor pelo cansaço, e a gente tenta deixar isso muito mais humanizado.”
Hoje, a DigAí oferta uma plataforma com agentes de IA para recrutamento, gestão de talentos, atendimento ao cliente, vendas ou negociações de dívidas.
“Fornecemos uma plataforma onde posso fazer a gestão de todos os agentes conversacionais de uma maneira fácil e segura”, destaca Pedrosa. “Prezamos muito pela escalabilidade e segurança.”
Confira outras matérias do Canaltech:
- OpenAI explica como seus modelos de IA são criados durante o Web Summit Rio
- Novelas e filmes buscam conforto no desconforto para conquistar público
- Plano Brasileiro de IA prevê recorte de diversidade, diz ministra Luciana Santos
VÍDEO: Por que a internet usa cabos submarinos para conectar continentes e não satélites #NÃOéÓBVIO #ÑÉÓ
Leia a matéria no Canaltech.