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Análise | KIBORG — Quando o PS2 encontra o cyberpunk e decide virar um roguelite com esteroides

KIBORG: o dia em que um beat ‘em up russo acordou com vontade de socar o Hades, o Dead Cells e o Doom Eternal ao mesmo tempo!

Premissa: The Running Man encontra Hades num beco escuro! Em KIBORG, você é Morgan Lee, um prisioneiro condenado a 1300 anos de cadeia por crimes que não cometeu.

Você já jogou um game onde tu apanha, morre, volta, apanha mais, morre de novo, e mesmo assim levanta dizendo “só mais uma run”? Pois é, KIBORG é exatamente isso. Só que com porrada de verdade, sangue na tela, um apresentador sociopata narrando sua morte com ironia e tudo isso num cenário que parece o porão mal iluminado do Blade Runner com a trilha sonora do Doom tocando de fundo.

Você controla Morgan Lee, um preso cibernético condenado a 1300 anos de xilindró espacial. Mas relaxa, não tem cadeia que segure um protagonista genérico com upgrades no cérebro. A salvação vem na forma de um reality show de gladiadores onde o prêmio é liberdade e o castigo é… bem, respawn eterno pra sofrer mais.

🎮 Jogabilidade: PESADA. Tipo marreta com overclock

Soco, tiro, parry, dodge, mais soco, chute giratório e granada no c* do mutante. O combate de KIBORG é uma mistura frenética de Dark Souls bêbado, Sifu com insônia e God of War da época que o Kratos ainda era problemático.

O timing das esquivas e o parry são vida ou morte. Errou? Toma gancho de robô dentuço. Acertou? Mete espadada na jugular do inimigo até ele virar confete vermelho. Ah, e as armas? Elas quebram. Que nem tua confiança no matchmaking do LoL. Então se prepara pra improvisar com o que tiver em mãos. Vale tudo: desde rifle de plasma até cano enferrujado e braço de zumbi.

E ainda tem build de modificação cibernética: quer mais ataque? Implante no punho. Quer vida extra? Implante no estômago. Quer estilo? Implanta um moicano de LED.

🧠 História? É tipo assistir Big Brother com dor de cabeça e metralhadora na mão

A lore de KIBORG é o tipo de coisa que parece escrita num guardanapo depois de 12 vodcas: “o mundo acabou, a justiça virou programa de auditório e o protagonista não tem escolha a não ser virar meme sangrento semanal”. Sério, The Last Ticket é basicamente um Show do Milhão com minas explosivas e mutantes em vez de perguntas de geografia.

O apresentador, VOLKOV, é o tipo de NPC que te xinga, te elogia e ri da tua cara em 10 segundos. Ele é meio que um Jô Soares do Apocalipse. E sim, é engraçado. Às vezes. Mas ele cala a boca rapidinho quando o plasma começa a voar.

💻 Visual: o caos do PS2 polido com gosto

Tem jogo que tenta ser “retrô estiloso” e vira pixel art de PowerPoint. KIBORG não. Aqui é estética PS2 com upgrade, do jeitinho que a gente gosta: cinzão, neon, sucata por todo lado e inimigos que parecem saídos de filme B dos anos 90 com efeitos do After Effects 2003.

O jogo é bonito? Não no sentido clássico. Mas tem uma vibe suja, visceral, um charme soviético de oficina de robôs abandonada, que funciona demais pro tipo de caos que ele propõe.

🧯 Performance: roda até em micro-ondas com placa de vídeo

Um milagre técnico: KIBORG roda bem. Isso mesmo. Com todos os efeitos ligados, tudo fluindo bonito no Steam Deck e até naquele PC velho que você só liga pra imprimir boleto. 60 FPS de respeito, sem queda, sem travada e com loadings que não te fazem envelhecer.

Só cuidado com o calor — o jogo é tão frenético que tua GPU vai suar igual piloto de caça russo.

🎮 E o conteúdo?

Não é gigante, mas é honesto. As runs têm variação legal, tem upgrade suficiente pra brincar de Frankenstein gamer, e o desafio vai subindo num ritmo saudável. Nada de “só mais um chefe e acabou”. Aqui é “mais um chefe e talvez você vire churrasco”.

Não tem coop, não tem PVP, mas também não precisa. Isso aqui é pra quem curte suar no teclado, xingar em russo aleatório e sentir a mão formigar depois de 30 minutos de pancadaria ininterrupta.

Prós:

  • Combate delicioso, responsivo e cruel
  • Estilo visual PS2 repaginado com muito bom gosto (e suor)
  • Trilha sonora que dá vontade de pular no ringue e sair girando
  • Rodando liso no Steam Deck e PCs médios
  • Sistema de implantes e upgrades dá bastante liberdade de build
  • Atmosfera violenta e sarcástica na medida certa
  • VOLKOV é um babaca carismático

Contras:

  • História? Tem, mas se você piscar, perde — e sinceramente, não vai sentir falta
  • Cenarios meio repetitivos depois de 4 ou 5 runs
  • Sem multiplayer nem modo arena (por enquanto)
  • O tutorial podia ser mais que um empurrão e um “vai lá, se vira campeão”

Nota Final: 7/10

KIBORG é um beat’em up roguelite que entrega ação intensa e mecânicas sólidas, mesmo com algumas limitações. Se você busca um jogo desafiador, com combate satisfatório e uma estética retrô charmosa, este título merece sua atenção.

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