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Agentes autônomos, modelos eficientes e mais: 6 tendências de IA para 2025

Modelos mais eficientes e personalizáveis, auxílio de assistentes no dia a dia e caminho aberto para mais descobertas científicas: estas são algumas das tendências de inteligência artificial (IA) para 2025 compartilhadas pela Microsoft recentemente. Em nota à imprensa, a companhia destacou que o próximo ano deve marcar uma evolução da tecnologia para se tornar uma “parte integrante no trabalho e no lar das pessoas”.

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Tendências de IA da Microsoft para 2025

A seguir, confira cada uma das tendências apontadas pela empresa.

1. Modelos de IA mais eficientes e especializados

A MS destacou o avanço dos chamados “modelos de fronteira” — as tecnologias mais avançadas usadas pelas ferramentas de IA, como o GPT-4o — e reforça que devem melhorar ainda mais em 2025, tanto em eficiência como em quantidade de ações.


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Um processo chave para isso, segundo a empresa, é a curadoria dos dados usados para treinar as máquinas, acompanhado de um pós-treinamento que ajuda a melhorar o desempenho. Modelos mais rápidos, melhores e segmentados podem facilitar a criação de experiências mais eficientes e especializadas com IA. 

“As pessoas agora terão mais oportunidades do que nunca de escolher ou construir modelos que atendam às suas necessidades”, comentou a diretora administrativa do Laboratório de Fronteiras de IA da Microsoft, Ece Kamar, em nota oficial.

O Google também apresentou melhorias em seu modelo de IA para fazer pesquisas mais aprofundadas e garantir melhores resultados. A melhoria marca presença no Gemini 2.0, que utiliza um recurso conhecido como Deep Research para fazer buscas ainda mais complexas e detalhadas sobre um determinado tema. 

2. Impacto de agentes de IA no trabalho

O nome “agente de IA” deve se tornar ainda mais comum em 2025: o termo descreve ferramentas de inteligência artificial que desempenham tarefas específicas dentro de um software ou espaço de trabalho, como se fossem um aplicativo.

“Assim como usamos diferentes aplicativos para várias tarefas, os agentes começarão a transformar cada processo de negócios, revolucionando a maneira como trabalhamos e gerenciamos nossas organizações”, explicou o vice-presidente corporativo de Copilot para negócios e indústria, Charles Lamanna.

Neste ano, a Microsoft já trouxe duas novidades neste segmento: uma opção para automatizar tarefas pelo Copilot Studio e o Copilot Actions, que executa ações repetitivas após comandos de texto do usuário. A Anthropic também apresentou uma função de IA do Claude capaz de controlar o computador para realizar tarefas específicas.

Agentes autônomos de IA devem ganhar ainda mais espaço em 2025 (Imagem: Divulgação/Microsoft)

A Dell é outra gigante do setor que também acredita no crescimento dos agentes para o ano de 2025. Na visão da fabricante, as ferramentas serão otimizadas para tarefas mais técnicas em diversas áreas, incluindo programação e cibersegurança, e deve moldar a interação entre humanos e inteligência artificial generativa.

O próximo ano será agêntico e essa é uma mudança fundamental na forma como vamos implementar e expandir os sistemas corporativos de IA. É algo muito poderoso e que agrega muito ao que já temos hoje”, explica o diretor global de Tecnologia e diretor de IA da Dell Technologies, John Roese.

3. Presença dos assistentes no dia a dia

Enquanto os agentes facilitam a rotina no trabalho, os assistentes de IA despontam como uma opção ainda mais completa no dia a dia e na casa das pessoas. A chegada da inteligência artificial generativa já representou um grande avanço nesse sentido, principalmente nos dispositivos móveis, com atualizações no Gemini, do Google, e na Siri, da Apple.

O assistente da Apple ainda ganhou integração com outras plataformas, como é o caso do ChatGPT no iPhone com a liberação da versão final do iOS 18.2.

Já a Microsoft lançou o Copilot Daily, com resumo diário de notícias, e o Copilot Vision, para facilitar buscas com a câmera.

4. IA pode impulsionar descobertas científicas

O uso de inteligência artificial em pesquisas científicas já é uma realidade e acelera novas descobertas no ramo. A previsão para 2025, segundo o vice-presidente corporativo e diretor administrativo da Microsoft Research, Ashley Lloren, é de que a tecnologia poderá fomentar a resolução de preocupações urgentes no mundo, como o desenvolvimento de novos medicamentos.

Vale destacar algumas descobertas que chamaram a atenção ainda em 2024, incluindo a combinação de IA e realidade virtual (RV) para criar mapas mentais que ajudam a descobrir a origem do Alzheimer e do autismo, além de uma nova descoberta para editar o DNA das células.

5. Tecnologia pode consumir menos recursos

O impacto ambiental e a geração de energia sempre foram pontos de atenção no segmento, mas a tendência é de que o setor adote práticas cada vez mais sustentáveis sem perder a eficiência.

A Microsoft destacou que os data centers, usados para o processamento dos modelos de linguagem e das redes neurais de IA, vão começar a operar nos próximos anos sem depender de consumo de água para resfriamento. Além disso, fabricantes do mercado como AMD, Intel e NVIDIA adotam soluções para tornar os hardwares mais eficientes para dissipar o calor em grande escala.

6. Mensuração é caminho para IA responsável

O processo de mensuração, que avalia possíveis riscos de IA, é considerado um dos pilares no desenvolvimento responsável da tecnologia. Na visão da Microsoft, mais testes e personalização da experiência podem ajudar a pavimentar o caminho para ferramentas mais seguras em 2025.

Medir os riscos poderia, por exemplo, evitar as alucinações de inteligência artificial, problema recorrente nos chatbots. Além disso, a expectativa é de que os testes consigam identificar mais ameaças externas e trabalhar em soluções para contê-las.

Fluência em IA e outras tendências

A Dell também compartilhou alguns insights sobre o mercado para o ano que vem e aponta que a fluência em IA (a capacitação e o domínio de ferramentas da área) pode ser um fator chave para se destacar no mercado de trabalho. 

“É essencial que os colaboradores sejam devidamente treinados, capacitados e equipados com a tecnologia certa para usar a IA generativa”, comenta o presidente da empresa na América Latina, Luís Gonçalves.

Ainda no âmbito das empresas, a IA corporativa deve deixar de ser um conceito e se tornar uma realidade — isso envolve uma mudança em toda a estrutura da empresa, o que passa por PCs adaptados para uso de IA com NPUs, ambientes de dados e disponibilidade de energia e latência para a tecnologia desempenhar todas as tarefas.

Por fim, a Big Tech sinalizou para uma tendência de soberania de IA nacional: cada país pode desenvolver a própria infraestrutura e alinhar novas ferramentas de acordo com dados da própria cultura ou propriedade intelectual.

Essa tendência já é observada pelas autoridades brasilerias. Em agosto, o Governo Federal apresentou a versão inicial do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) com a capacidade de reduzir a hiperdependência estrangeira da tecnologia.

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