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Análise | A Nostalgia em Alta Definição que Todos Queriam

🧙‍♂️ Por Kazin Mage, o mago de Cyrodiil, cronista de bugs e encantamentos desnecessários…

Uma Viagem no Tempo com Filtros Modernos! É como se a Bethesda tivesse olhado para 2006, sorrido com ternura, e dito: “sabe aquele jogo cheio de NPC com cara de batata? Vamos dar um banho de loja neles”. E assim nasceu Oblivion Remastered, uma ode gloriosa ao passado — só que agora com filtros dignos de Instagram e expressões faciais que não parecem ter sido moldadas em argila molhada.

Sim, o jogo está bonito. Oblivion Remastered brilha mais do que Elven Armor polida com cera de unicornínio. As florestas de Cyrodiil respiram vida (e gráficos em 4K), os castelos têm texturas decentes e os personagens… bem, ao menos agora parecem humanos e não experimentos de um necromante entediado. Para um remaster, isso já coloca ele anos-luz à frente de muita coisa que a gente vê por aí — cof cof GTA Trilogy cof.

Jogabilidade: Entre o Clássico e o “Finalmente Corrigido”

Nada de revolucionário aqui, mas também nada de cavalos andando como se tivessem pernas de pau. A jogabilidade manteve sua estrutura original, o que é um presente para os puristas e uma penitência para os mais modernos. Porém, é inegável que ela foi polida: correr agora é uma opção real, não uma utopia distante. A mira com arcos não faz mais você se sentir como um estagiário tentando acertar um alvo a 2 metros, e a magia tem impacto — literalmente e visualmente.

Detalhes como regenerar vida fora de combate, ajustar sensibilidade da câmera e atalhos mais ágeis nos menus fazem você se perguntar: “por que isso não estava aqui desde 2006?”. A resposta provavelmente está escondida em algum baú trancado de Chorrol.

Qualidade de Vida: A Glória dos Pequenos Detalhes

Skyrim deixou marcas profundas. Oblivion Remastered sabe disso e não tenta reinventar a roda, apenas rouba o projeto. A inclusão do feitiço Clairvoyance, aquele que mostra o caminho com uma trilha de luz, é um agrado aos aventureiros perdidos. Os menus foram modernizados, a interface não parece mais um grimório de necromante mal diagramado, e os HUDs são funcionais.

Isso sem contar que você agora pode aumentar o tamanho da fonte — uma benção para os magos mais anciões cujos olhos já não identificam a diferença entre um “Skooma” e um “Elixir de Magicka”.

Guildas, Drama e Roleplay

Felizmente, todo o núcleo de facções clássicas está intacto e mais acessível do que nunca. A Irmandade Sombria segue sendo a mais carismática seita de assassinos do RPG, a Guilda dos Magos continua cheia de regras que você ignora aos 10 minutos, e a dos Ladrões… bem, digamos que é o lar perfeito para quem acha que se esconder atrás de um vaso quebra qualquer linha de visão.

As quests dessas facções são um show à parte, e mesmo anos depois, mostram como contar histórias menores é uma arte. Você pode ser tudo em Oblivion: herói, vilão, ladrão, bruxo ou um simples maluco que joga queijo no meio da rua. E isso é lindo.

Expansões e Extras: Shivering Isles Ainda é Rei

Oblivion Remastered não economiza no recheio: todas as expansões estão aqui. Knights of the Nine continua um bom passatempo para quem curte templários e moralidade cafona, mas o ouro verdadeiro está em Shivering Isles. A campanha de Sheogorath segue sendo uma aula de narrativa caótica, e está mais bonita do que nunca.

E sim, até a infame armadura de cavalo está de volta. Porque nostalgia também tem que doer um pouco, né?

Comparando com Outros Remasters: Skyrim, Trema!

Se a gente for honesto, o que Oblivion Remastered entrega faz muito remaster passar vergonha. Pegue por exemplo Mass Effect Legendary Edition — bonito, sim, mas preso a sistemas velhos. Ou The Last of Us Part I, que trocou grafo por preço cheio. Aqui, temos uma transformação visual, ajustes significativos na jogabilidade e conteúdo extra sem transformar o jogo num carnê parcelado.

É um remaster que se comporta como um remake, mas cobra como um remaster decente. E isso já é magia demais para um mercado que vive nos encantos do mínimo esforço.

Voz do Povo: A Aliança dos Bugados

A recepção no Steam é um híbrido de épico e hilário. Os fãs veteranos comemoram as melhorias e o visual “Skyrimizado”, enquanto os novatos estranham a estrutura mais livre e menos cinematográfica. E claro, alguns bugs clássicos continuam vivos, como aquele NPC que decide atravessar uma parede só porque você olhou feio.

Mas se até o Cavalo de Skingrad resolver se teletransportar para a Lua, tudo bem. Faz parte do charme.

Prós e Contras

Prós:

  • Gráficos e performance excelentes no PC, PS5 e Xbox Series
  • Combate aprimorado e responsivo
  • Melhorias significativas na interface e qualidade de vida
  • Inclusão de todas as expansões e conteúdos adicionais
  • Possibilidade real de fazer RP maluco com queijo e necromancia

Contras:

  • Bugs clássicos ainda assombram Cyrodiil
  • Falta de suporte nativo a mods no console
  • Alguns sistemas continuam datados para os jogadores mais novos

Nota Final: 9/10

Num mundo onde remaster virou sinônimo de preguiça e textura em 4K jogada em cima de mecânica podre, Oblivion Remastered é um exemplo raro de respeito ao material original. É como se a Bethesda tivesse dito: “você quer nostalgia? Então toma, mas com café passado e uma interface que não parece de 2003”. Mais do que apenas um revival, ele é um lembrete de como RPGs eram experimentais, esquisitos, e deliciosamente quebrados. E como ainda temos muito a aprender com eles.

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