Análise | Slippy Bear – O urso entregador de pizza que escorregou na minha sanidade
Ah, os jogos esquisitos… Essa terra sagrada onde desenvolvedores largam a faculdade, abrem o Unity bêbados e dizem: “E se a gente colocasse um urso sem atrito nenhum num cenário que parece desenhado num Atari após um terremoto?”
E assim nasceu Slippy Bear.
Mano… esse jogo é o equivalente em game design de você escorregar de meia na casa da vó e nunca mais parar.
Você é Jimmy, o urso mais desprovido de estabilidade física desde que o pinguim do Club Penguin decidiu virar bartender. Sua missão? Chegar no final da fase movendo apenas o mouse.
Como? Deslizando no gelo pra sempre.
Por quê? Porque a vida é assim mesmo, véi.
JOGABILIDADE: O TERROR DO ATRITO ZERO
Imagina o seguinte: pegaram a movimentação do Link no gelo de Zelda, aumentaram em 500%, tiraram o botão de freio e colocaram um timer imaginário no seu juízo.
É isso.
Você desliza até bater.
Às vezes na parede. Às vezes na própria dignidade.
E o mapa?
Pequeno. Minimalista. Mas cruel.
Sério, cada fase parece criada por alguém que odeia felicidade.
ENREDO: MORRA TENTANDO.
Você tem que chegar no final, meu chapa. Só isso.
Mas no caminho tem buraco, tem sapo te sacaneando, tem bloco que mexe, tem até um ou outro devorador de esperança.
E claro, tem você mesmo, sabotando seus movimentos com decisões que fariam o Ash Ketchum perder uma batalha pro Magikarp.
ESTÉTICA: LOW REZ, HIGH STRESS
O visual é puro suco de retrô.
Resolução de 64×64, pixel art com cara de tela do Windows 95 que travou, e aquele charme de jogo que parece ter sido feito com Paint e amor.
Mas aí é que tá: funciona.
Você sente que tá jogando um cartucho amaldiçoado de Game Boy que alguém achou num brechó.
O TOM: HUMOR DESGRAÇADO
Você erra?
O jogo não te julga. Ele só ri da sua cara.
Com mensagens que parecem ter sido escritas por um bot do Twitter em crise existencial:
“Talvez pizza não seja sua vocação.”
“O gelo escorregou ou foi você que falhou?”
Sim, Slippy Bear é o tipo de jogo que te bate e ainda solta um “brincadeira, hein?”.
COMPARANDO COM OUTROS JOGOS
Se você curte essas pérolas zoadas tipo:
-
QWOP (o jogo onde andar vira esporte olímpico)
-
Getting Over It (onde a única física é a do rage)
-
I Am Bread (sim, aquele onde você É UM PÃO)
Então Slippy Bear é teu novo melhor amigo.
Ou novo trauma. Depende da fase que você encalhar.
Prós:
- Estética retrô deliciosa
- Humor ácido, zoado
- Desafio que vicia (igual rodar beyblade em sabão)
- Dá vontade de recomendar só pra ver o amiguinho sofrer também
Contras:
- Física FDP
- Níveis com curva de dificuldade igual a da NASA
- Frustrante se você não for adepto da religião “morrer tentando”
- O urso escorrega mais do que sabonete em filme de terror
Nota Final: 7/10
Slippy Bear é a prova de que jogo bom não precisa de gráfico de ponta nem lore de 800 páginas. Às vezes, só precisa de um urso escorregadio, uma pizza e um desenvolvedor com tempo livre e espírito de zoeira. É estranho, é engraçado, é irritante…
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