Análise | Steel Seed – O mundo acabou, sobrou um drone e uma mina nervosa
Fala, minha tropa das sombras! Hoje o papo é reto e no modo stealth: joguei Steel Seed, aquele jogo indie sci-fi que chegou quietinho e, do nada, te dá uma rasteira emocional e outra na jugular com os robô psicopata.
Desenvolvido pela galera da Storm in a Teacup (que devia chamar Toró na Cafeteira, porque o bagulho vem quente), o game é um mergulho sombrio num mundo pós-apocalíptico onde a humanidade praticamente faliu e o que sobrou foi máquina, metal e treta no escuro.
E mano… eu fui achando que ia jogar mais um indie de stealth padrão, e acabei presaço, igual quando cê fala “só mais uma missão” e quando vê o sol já nasceu lá fora.
HISTÓRIA: ELA, O DRONE E A FÚRIA SILENCIOSA DE QUEM VIU O MUNDO ACABAR
No comando tá a Zoe, uma mina braba, meio Ellie de The Last of Us com pegada meio Trinity de Matrix, que acorda num mundo onde o apocalipse bateu, ficou, fez morada e ainda tá cobrando aluguel.
Ela é uma das últimas humanas vivas e carrega na mochila o drone mais carismático dos games desde o Claptrap de Borderlands: Koby, um robozinho que parece Alexa com revolta contra a sociedade.
A Zoe e o Koby têm que explorar umas instalações subterrâneas bizarras, enfrentar robôs do mal e desvendar um monte de segredos sinistros de uma civilização que foi pras cucuias. A história não é super complexa, mas a ambientação carrega no estilo e na tensão. Se Alien Isolation tivesse um primo menos sádico e com menos gritos, seria Steel Seed.
JOGABILIDADE: STEALTH + PARKOUR + DRONE QUE FAZ TUDO (MENOS CAFÉ)
Mano, o gameplay é o coração desse rolê. É aquele stealth raiz, onde se tu vacilar e for pego, o robô vem sem dó e te transforma em hambúrguer de Zoe. Cê precisa se esgueirar, usar cobertura, hackear as paradas com o Koby, e em alguns momentos até rola aquela correria com parede, salto e pirueta, tipo se o jogo tivesse estudado com o Mirror’s Edge na faculdade.
O combate direto? Esquece. Só parte pra trocação se você for louco ou se o plano A, B e C já falharam. A ideia aqui é: entrou, passou sem ser visto, saiu como se nada tivesse acontecido.
O Koby é tua melhor arma e tua salvação:
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Marca inimigos
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Ativa mecanismos
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Passa por duto (porque todo jogo bom de stealth tem duto)
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E às vezes te salva do sufoco, tipo sidekick de anime que chegou na hora certa
E cê ainda tem sistema de progresso com uns upgrades que tu compra com Glitch, a moeda do jogo. É tipo XP futurista que cê junta completando missão ou quebrando robô.
VISUAL E SOM: TENSÃO, NEON E SILÊNCIO AMEAÇADOR
Visualmente, o jogo é aquele sci-fi de respeito: tudo escuro, sujo, metálico, com uma luzinha piscando no fundo só pra dar o clima de “tem algo muito errado aqui”.
Tem hora que eu me sentia no set de filmagem de Blade Runner misturado com Control e uma pitada de Dead Space sem os monstros grotescos, só com máquina doida e cenário claustrofóbico.
A trilha sonora? Quase inexistente. Mas isso é de propósito. O silêncio não é falha, é arma psicológica.
Quando toca música, cê já sabe: deu ruim. Ou tá pra dar.
PROBLEMAS? TEM, MAS NADA QUE UM PATCH E UMA PACIÊNCIA DE NINJA NÃO RESOLVAM
Nem tudo é perfeito.
Teve umas quedas de frame aqui e ali. Alguns bugs tipo “opa, esse robô travou na parede” ou “a Zoe virou estátua depois de um pulo errado”. Nada muito grave, mas dá aquele tapa na imersão.
Alguns players reclamaram que o combate é “injusto”, mas véi… o jogo nunca te prometeu ser Rambo Simulator.
É stealth, é tática, é pensar antes de agir. Se você entrou correndo e foi fatiado, a culpa é sua. Não do jogo.
COMUNIDADE TÁ COMO? FELIZ, MAS EXIGENTE
No Steam, o jogo tá com “muito positivas”, com galera elogiando a ambientação, o sistema de stealth, o drone Koby (já tem gente pedindo pelúcia dele), e a vibe narrativa minimalista.
Críticas rolam sobre a curva de dificuldade no meio do jogo, que sobe igual o aluguel em janeiro, e também sobre algumas seções que ficam repetitivas se você for tentar explorar tudo de novo.
Mas no geral, a galera que curte jogos como Styx, Dishonored e A Plague Tale tá curtindo o rolê.
Prós:
- Atmosfera sci-fi estilosa e imersiva
- Stealth fino, estratégico e desafiante
- Koby, o drone mais útil e carismático desde o R2-D2
- Level design bem pensado, com caminhos alternativos e boas surpresas
- Progressão justa e satisfatória, sem grind forçado
Contras:
- Bugs técnicos ocasionais que podem incomodar
- Combate direto é frustrante pra quem não curte stealth raiz
- Algumas fases dão uma leve sensação de repetição no final do jogo
- História podia ser mais ousada, apesar da ambientação de respeito
Nota Final: 8/10
Steel Seed é o tipo de jogo que te ganha no silêncio, te desafia na sombra e te recompensa quando cê entende que furtividade é arte. Recomendado pra quem gosta de jogar na miúda, mas sair grandão. Steel Seed não é jogo pra qualquer um. É jogo pra quem curte entrar no mapa em silêncio, sair sem deixar rastro e sorrir ao ver o contador de inimigos abatidos marcando zero. É pra quem curte atmosfera, tensão, história contada com poucas palavras e mecânica de jogo pensada com carinho, mesmo com algumas falhas técnicas no pacote. Se você curte o gênero, pode mergulhar de cabeça. Só não faz barulho.
Tem robô ouvindo tudo, parceiro.
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