DestaqueEconomiaNewsPrincipais notícias

Análise | Sunseed Island: um RPG onde cuidar da terra é curar o coração (e regar trauma com amor)

Oi, gente bonita! 💛 Aqui é a Magali, a sua exploradora oficial de jogos indie cheios de coração, fofura e, claro, crises existenciais disfarçadas de “vamos plantar couve!”. Hoje a estrela do dia é Sunseed Island, esse RPG de fazendinha que chegou chegando no Xbox (a versão que analisamos) e outros consolescom o pézinho descalço na terra e a missão de lembrar a gente que salvar o mundo pode começar com um baldinho d’água e uma sementinha no chão.

E não, não é só mais um jogo de “vá até ali, plante cenoura, seja feliz”. É muito mais. É quase uma sessão de terapia rural onde você é um gato com missão divina e coração imenso. 🐾🌿

🌱 Você, um gato e o peso do mundo

Tudo começa com você nascendo de um fruto mágico. Sim, literalmente. Você é um gatinho místico chamado Purrpy (eu sei, já tô derretendo de fofura) que caiu da Árvore da Vida, aquela mesma que decidiu dar um reboot na esperança do mundo porque, né, ninguém mais tava dando conta.

Seu papel? Restaurar a ilha devastada, ajudar os habitantes que foram embora porque as coisas ficaram feias, e reconectar tudo o que foi perdido — emocional e geograficamente.

É basicamente um “e se Stardew Valley fosse dirigido pela Hayao Miyazaki depois de uma tarde cuidando do jardim com a avó”. 💫

🌼 Jogabilidade: terapia em forma de botão A

Tá, vamos falar do que realmente importa: o jeitinho gostoso de jogar.

Sunseed Island é um daqueles jogos que te abraça devagarinho. Não exige muito de você no começo, não joga tutorial de 30 minutos na sua cara, nem te pune por errar o botão de colher. Ele só… te convida. Te entrega um regador. Um pedaço de terra. E uma chance.

Você pode:

  • Plantar: da batata ao girassol, tudo cresce com carinho e paciência (tipo a gente tentando se reconstruir depois de 2020).

  • Pescar: e não é qualquer pescaria. Os peixes são fofos, meio bobos, e às vezes mais difíceis de pegar do que validação nas redes sociais.

  • Construir: cada tijolinho colocado reconstrói a vila… e um pedacinho do seu emocional também.

  • Explorar: e isso é um grande destaque! Tem várias ilhotas, cada uma com seus próprios recursos, habitantes e desafios.

Tudo com uma vibe relaxante e intuitiva. É o tipo de jogo que você joga com uma xícara de chá na mão, música de lo-fi no fundo e a alma gritando “obrigada, precisava disso”.

🎨 Visual: um Pinterest animado com filtro de arco-íris

A estética de Sunseed Island é algo saído diretamente de um livro infantil que você encontrou em um sebo mágico. Cada árvore, casinha, nuvem e personagem foi desenhado com um carinho que dá vontade de imprimir e colocar na parede do quarto.

As cores são vibrantes sem serem agressivas, os efeitos de iluminação são suaves e delicados como um cobertor quentinho, e os menus são tão amigáveis que parecem te dar “oi” toda vez que você aperta start.

A trilha sonora então? É aquele tipo de música que parece ter sido composta por duendes especialistas em bem-estar. Te embala, te acalma, te puxa de volta pro jogo toda vez que você pensa “só mais 10 minutinhos”. E 3 horas depois você ainda tá ali colhendo cebolas com um sorriso besta no rosto.

💬 Personagens que parecem ter saído de um livro da Clarice com glitter

Você conhece os habitantes da ilha conforme reconstrói tudo. E cada um deles é um pedacinho perdido da coletividade. Um escultor sem fé, uma cozinheira que esqueceu como amar, um carteiro que se perdeu (literalmente) no meio do oceano.

Ao ajudar essas criaturinhas mágicas a voltarem pra vila, você percebe que está, sem querer, ajudando também a si mesma. Porque, né? Quem nunca se sentiu uma ilha deserta precisando de reforma?

É como se Sunseed Island dissesse: “Ei, a gente sabe que tá difícil. Mas olha só esse cachorro padeiro! Vamos consertar isso juntos?”

✨ Comparações com jogos que também quebraram meu coração (no bom sentido)

  • Stardew Valley é o primo hiperativo que te acorda às 5h da manhã pra tirar leite de vaca.

  • Animal Crossing é aquele amigo rico que te empresta móveis caros e só fala em emoji.

  • Sunseed Island é o abraço da vó depois de um dia ruim. Sem pressão. Só presença.

Diferente dos dois, ele tem uma narrativa mais mágica, com um objetivo claro e uma mensagem constante de reconstrução — tanto da vila, quanto de você. Não tem pressa. Não tem cobrança. Só uma doçura que diz: “planta aqui e vê o que nasce”.

📚 Filosofia em forma de regador (sim, é sobre você também)

À medida que você reconstrói as pontes físicas, o jogo começa a brincar com a ideia de pontes internas também. Sunseed Island é sobre pertencimento. Sobre o que significa “voltar pra casa”, mesmo quando a casa está em ruínas. Sobre aceitar que talvez você seja o primeiro fruto de uma árvore sagrada, mas ainda assim pode errar o tempo da colheita. E tudo bem.

É sobre recomeçar com carinho. Fazer o melhor que dá. Acolher quem ficou pra trás. Perdoar. E cuidar — dos outros, da terra e, principalmente, de você.

Prós:

  • Estilo artístico ridiculamente adorável
  • Narrativa leve, mas com profundidade emocional surpreendente
  • Jogabilidade fluida e deliciosa
  • Trilha sonora que parece feita por fadas terapeutas
  • Vibe que faz bem pra saúde mental (comprovado pela Magali™)

Contras:

  • Algumas tarefas repetem um pouco (mas até lavar louça pode ser terapêutico, né?)
  • Falta de save manual pode irritar os control freaks
  • Não tem opção de montar a própria floricultura (ainda)

Nota Final: 8/10

Sunseed Island não veio pra revolucionar o gênero. Veio pra te lembrar de respirar. Veio pra dizer que tudo bem estar quebrado, contanto que você se disponha a plantar de novo. É um daqueles jogos que você recomenda com um sorrisinho, com aquela frase clássica: “joga esse aqui, é bobo, mas me fez chorar”. E se você é como eu — alguém que às vezes só quer um jogo que te abrace e diga que tá tudo bem — então, meu bem, pega sua enxada mágica e vem comigo. Um quentinho no coração com sabor de hortelã e saudade.

The post Análise | Sunseed Island: um RPG onde cuidar da terra é curar o coração (e regar trauma com amor) first appeared on GameHall.

Facebook Comments Box