Brasil avança no 5G: país agora é o 3º no mundo em velocidade de download
O Brasil deu um passo significativo em direção à evolução da conectividade, alcançando a terceira posição no ranking mundial de velocidade média de download no 5G. Superando gigantes tecnológicos como Estados Unidos, Japão e Alemanha, esse feito coloca o país em uma posição de destaque no cenário global de telecomunicações.
De acordo com Kim Riffel, vice-presidente da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (ABRAC), que participou do Podcast Canaltech, o Brasil se beneficia de uma estratégia eficaz de leilão de frequências, como a faixa de 3.5 GHz, essencial para o desempenho do 5G. Mas o que significa essa posição de destaque para o Brasil e como ela impacta a conectividade no país?
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Como o Brasil alcançou essa posição?
A conquista brasileira foi medida por organizações internacionais que monitoram a velocidade de download e upload nas redes 5G. Essas medições consideram a largura de banda, a latência e a densidade dos dispositivos conectados.
Com o 5G, o Brasil está apto a suportar inovações de alta velocidade e baixa latência, como veículos autônomos, jogos online em tempo real e realidade aumentada.
Riffel destaca que essa alta posição no ranking é crucial para o desenvolvimento econômico do Brasil, pois o 5G facilita a transformação digital em setores estratégicos, como indústria 4.0, logística e manufatura inteligente.
Desafios
Embora o Brasil tenha avançado consideravelmente, desafios em infraestrutura ainda precisam ser enfrentados para garantir a cobertura de 5G em todo o território nacional. O 5G exige uma maior densidade de antenas, chamadas small cells, especialmente em áreas urbanas densas.
A construção de backbones de fibra ótica também é essencial para conectar essas antenas à rede principal.
Outro desafio importante é a liberação contínua de espectro de frequências para acompanhar a crescente demanda. Riffel reforça a importância de uma colaboração estreita entre empresas de telecomunicações, governos e entidades reguladoras para garantir o ritmo adequado de desenvolvimento.
ABRAC e a certificação
A ABRAC, por meio de avaliações técnicas, assegura que os dispositivos com tecnologia 5G atendam aos requisitos de segurança e desempenho antes de entrarem no mercado.
Essa certificação, que é obrigatória pela ANATEL, garante que todos os dispositivos 5G vendidos no Brasil estejam em conformidade com as normas internacionais, proporcionando mais segurança para os usuários e confiabilidade para o mercado.
Impacto em diversas áreas
O 5G promete revolucionar áreas como saúde, transportes e cidades inteligentes. Com sua baixa latência, o 5G permite, por exemplo, cirurgias remotas, onde um cirurgião pode operar pacientes em tempo real, mesmo estando em diferentes cidades.
Além disso, nas cidades inteligentes, o 5G permite monitoramento em tempo real de diversos parâmetros, como qualidade do ar e fluxo de tráfego, otimizando a mobilidade urbana e até reduzindo as emissões de carbono.
Segurança no 5G
Com o avanço do 5G, cresce também a preocupação com a segurança de dados e privacidade. A ABRAC participa ativamente do processo de certificação e auditoria dos dispositivos para garantir que atendam a rigorosos padrões de segurança cibernética. Esses testes laboratoriais asseguram que os equipamentos 5G sejam compatíveis com as faixas de frequência e operem de maneira segura para os usuários.
Futuro e os desafios do 6G
O futuro do 5G no Brasil é promissor, mas a evolução para o 6G já está no horizonte. A expectativa é que o 6G traga velocidades até 100 vezes superiores ao 5G e uma latência quase inexistente. Isso abrirá portas para tecnologias como hologramas móveis e internet sensorial, com a transmissão de cheiros e sensações táteis.
Para se preparar para essa próxima revolução, Riffel destaca a importância de investimentos em pesquisa e formação de parcerias com universidades e startups. O Brasil precisa, desde já, se focar em desenvolver e explorar as tecnologias que o 6G trará, mantendo sua posição de liderança no cenário tecnológico global.
Ou seja, o Brasil está no caminho certo, mas para continuar avançando, é crucial manter os investimentos em infraestrutura e inovação.
A estratégia de leilão de espectro, a colaboração entre setor público e privado e o constante aprimoramento da qualidade da rede 5G serão determinantes para garantir que o país siga na vanguarda da conectividade global.
“Se o Brasil aproveitar o potencial do 5G, pode se tornar um hub tecnológico de referência na região, criando um ambiente mais competitivo para empresas e oportunidades de inovação para todos os setores”, concluiu Rieffel.
Ouça agora a entrevista completa com Kim no Podcast Canaltech e fique por dentro de mais detalhes sobre o 5G no Brasil.
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