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Conhecemos menos de 1% das profundezas do oceano

Apesar de cobrir mais de 70% da superfície da Terra, grande parte do oceano permanece inexplorada. Apenas cerca de 25% do fundo do mar foi mapeado até hoje — um progresso em relação aos 6% registrados em 2017, mas ainda muito limitado.

Mais impressionante ainda é o fato de que 99,999% das profundezas oceânicas nunca foram observadas diretamente por seres humanos.

Essas regiões profundas, definidas como áreas com mais de 200 metros de profundidade, compõem cerca de 66% do planeta e são fundamentais para processos naturais como a produção de oxigênio, regulação climática e descobertas médicas.

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Mapear as profundezas do oceano pode ser crucial para o futuro do clima, da ciência e da vida na Terra – Imagem: PHOTO JUNCTION/Shutterstock

Pesquisa revelou que sabemos pouco do oceano

  • Uma pesquisa recente analisou mais de 43 mil expedições submersíveis realizadas por 14 países, cobrindo áreas em 120 Zonas Econômicas Exclusivas e em alto-mar.
  • Apesar da quantidade de missões, estima-se que apenas entre 2.130 e 3.823 km² do fundo oceânico tenham sido visualizados — o equivalente a, no máximo, 0,001% do total.
  • E esses dados são altamente concentrados em regiões próximas aos EUA, Japão e Nova Zelândia, o que evidencia um viés geográfico importante.
  • Um artigo com a análise da equipe foi publicado na revista Science Advances.

Exploração do oceano precisa avançar

Diante disso, os pesquisadores alertam que é preciso um esforço global muito maior para explorar e compreender o oceano profundo.

Atualmente, a taxa de observação é extremamente lenta — cerca de 3 km² por ano. A automação surge como uma possível solução para reduzir custos e ampliar a escala da exploração.

Compreender e mapear os oceanos não é apenas uma questão científica, mas um investimento no bem comum, com impactos diretos na navegação, no clima e na preservação ambiental.

Menos de 0,001% do fundo do oceano foi visualizado por humanos – Imagem: hirokoro/Shutterstock

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