Elden Ring: Nightreign revela o Guardião — o bastião alado da esperança
Por Kazin Mage, o cronista das eras sombrias e dos escudos reluzentes…
“Alce voo uma vez mais e esmague as abominações sombrias que se colocarem em seu caminho…” — com palavras que mais parecem extraídas de um grimório ancestral do caos, a Bandai Namco revelou o quinto personagem jogável de Elden Ring: Nightreign, conhecido apenas como o Guardião. Mas não se engane: por trás da armadura pesada e dos ombros largos, esconde-se um guerreiro moldado tanto pelo sacrifício quanto pela esperança. E, sejamos francos, se há uma emoção escassa nos Reinos Intermédios, essa emoção é a esperança.
O Guardião: o escudo da glória, o braço da queda
Neste spin-off cooperativo de sobrevivência — que por si só já marca uma ruptura audaciosa com a fórmula solo melancólica de Elden Ring — o Guardião surge como a coluna vertebral do grupo. Enquanto os outros personagens brilham em agilidade, dano à distância ou magia destrutiva, este campeão se ancora na defesa tática e no controle do campo de batalha.
Empunhando uma alabarda de proporções bíblicas, o Guardião é capaz de realizar ataques em área, redemoinhos cortantes e bloqueios de grupo. Seu ataque especial, poeticamente chamado de Asas da Salvação, permite que ele voe por alguns segundos antes de cair do céu como uma sentença divina, causando dano em área, revivendo aliados e ativando um escudo temporário. A habilidade consome stamina, e seu uso preciso pode significar a diferença entre glória e oblívio.
Um mundo sombrio, agora em coop
Mas talvez a verdadeira mudança esteja além do escudo do Guardião. Elden Ring: Nightreign é a maior ruptura tonal e mecânica que a FromSoftware já realizou em seu universo. Onde antes a solidão e o peso da existência tomavam conta do mundo, agora temos modo cooperativo para até quatro jogadores, com foco em sobrevivência e sinergia de classes — algo que mais lembra Monster Hunter com as tintas sombrias de Bloodborne.
Ambientado após os eventos do jogo principal, Nightreign nos transporta para uma era de trevas eternas, onde os campeões, agora conhecidos como Nightfarers, lutam contra ondas de horrores nascidos da corrupção residual deixada pela destruição da Árvore Áurea. Não se trata apenas de derrotar bosses — o objetivo é resistir, adaptar-se, encontrar relíquias e sobreviver longas sessões de confronto com inimigos cada vez mais complexos.
Um elenco tão variado quanto letal
O Guardião é o quinto personagem revelado, juntando-se a um elenco que inclui:
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Lethia, a Arauta Flamejante, usuária de piromancia incandescente, capaz de criar zonas de negação mágica.
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Droven, o Caçador Fúnebre, especialista em furtividade, armadilhas e ataques críticos com adagas.
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Nara, a Matriarca Rúnica, conjuradora de feitiços de suporte e distorção de tempo.
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Bale, o Carrasco Imortal, tanque vampírico que se cura com o sofrimento alheio.
Cada personagem possui habilidades únicas, com combos que ganham força conforme o grupo coordena seus ataques. O Guardião, por exemplo, é perfeito para manter o agro dos chefes, proteger os conjuradores frágeis e garantir que a linha de frente não desmorone nos primeiros minutos de combate.
O peso da esperança em tempos de trevas
Há algo de simbólico — e profundamente FromSoftware — na escolha do Guardião como o “quinto elemento”. Afinal, se os quatro primeiros personagens representam força, destruição, agilidade e magia, o Guardião é o elo da perseverança. Ele não busca a glória solitária; ele se lança ao caos para preservar o bando.
E é essa ideia de coletividade que marca a mudança de paradigma em Nightreign. Os heróis agora precisam confiar uns nos outros, formar estratégias, dividir itens e reviver aliados. Não é apenas sobre quantas vezes você pode rolar para trás, mas quem você protege quando tudo está prestes a ruir.
Uma profecia visual
Do ponto de vista técnico, Nightreign continua com o estilo gótico e exuberante que tornou Elden Ring um marco. Mas com áreas mais contidas, desenhadas para o looping de confrontos e desafios progressivos, o design dos mapas parece mais influenciado por arenas de Dark Souls III do que pelos campos abertos de Limgrave.
Os monstros, por sua vez, são um espetáculo à parte — abominações repletas de garras, olhos que piscam como estrelas mortas e movimentos que desafiam o natural. Tudo isso, claro, renderizado com aquele capricho cruel que só a FromSoftware domina: bonito e grotesco, como um quadro de Goya feito em Unreal Engine.
Palavra final do mago:
Elden Ring: Nightreign promete ser um grito de guerra coletivo dentro de um universo tradicionalmente silencioso. E o Guardião é o avatar ideal desse novo momento — um personagem que não brilha sozinho, mas que garante que todos à sua volta possam brilhar um pouco mais.
Para os que marcharam sozinhos pelas planícies de Caelid, aqui está sua chance de defender os fracos, esmagar os horrores e levantar sua lâmina em nome de algo maior do que si mesmo.
Dia 30 de maio, o Reino Intermédio ganha novas lendas. E nós estaremos lá, escudo em mãos, olhos no céu e corações preparados para a noite que reina.
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