Em breve, você pode ver robôs comestíveis ‘nadando’ por aí
Pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, desenvolveram pequenos robôs aquáticos comestíveis, projetados para atuar em ambientes naturais sem deixar resíduos.
Com cerca de 5 cm de comprimento, esses robôs são compostos por ração de peixe triturada misturada a um biopolímero, moldada em forma de barco e liofilizada para dar forma ao casco.
O estudo sobre o projeto foi publicado na revista Nature Communications.
A estrutura interna contém uma câmara com ácido cítrico e bicarbonato de sódio, que, ao entrarem em contato com a água, reagem liberando CO₂.
Esse gás empurra o propilenoglicol, um líquido não tóxico, para fora do robô, propulsionando-o para frente pelo efeito Marangoni — o mesmo utilizado por alguns insetos aquáticos.
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Como o robô vai funcionar
- Durante seu funcionamento, os robôs podem coletar dados como temperatura, pH e poluentes, que são transmitidos ou recuperados posteriormente.
- Com o tempo, os cascos se desgastam e os robôs afundam, podendo ser consumidos por peixes ou outros animais aquáticos sem riscos à saúde.
- Além do monitoramento ambiental, os pesquisadores sugerem aplicações em fazendas de peixes, como a distribuição de ração medicada.
Dispositivo livre de impacto ambiental
Mesmo que não sejam ingeridos, todos os componentes dos robôs são biodegradáveis, o que elimina o impacto ambiental. O desafio agora é criar sensores e circuitos igualmente sustentáveis.
Segundo o professor Dario Floreano, líder do estudo, a combinação entre comestibilidade, função e baixo impacto ambiental representa uma nova fronteira para o uso de robótica na preservação da saúde animal e dos ecossistemas.
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