Gadget da OpenAI será tão importante quanto o iPhone/Mac, sugere CEO
Desde ontem, o mundo da tecnologia está em polvorosa com o anúncio da entrada da OpenAI no mundo dos hardwares — em parceria com Jony Ive, que já foi um dos maiores nomes dentro da Apple.
Muitas pessoas e veículos de comunicação têm, inclusive, dado palpites de como poderá ser esse dispositivo criado pela empresa — embora já tenha sido revelado que eles estão trabalhando em uma linha de hardwares, e não em um único gadget.
Para elucidar os seus planos, Ive e o CEO 1 da OpenAI, Sam Altman, comentaram o projeto em uma conferência interna, à qual o Wall Street Journal teve acesso. Nela, Altman descreveu o produto como um “terceiro dispositivo central”, além do MacBook Pro e do iPhone.
O produto será capaz de estar totalmente ciente do ambiente e da vida do usuário, será discreto, poderá ficar no bolso ou na mesa e será um terceiro dispositivo central que uma pessoa colocaria em sua mesa depois de um MacBook Pro e um iPhone.
Altman adicionou ainda mais expectativa ao dizer que Ive deu a ele um protótipo do primeiro dispositivo para levar para casa para testar, alegando que ele acredita ser “a tecnologia mais incrível que o mundo já viu”.
Ainda segundo as informações, Ive estaria bastante relutante sobre a ideia de lançar um dispositivo vestível, a exemplo do finado Ai Pin, e que ele quer se distanciar da abordagem centrada em telas que definiu a era dos smartphones e computadores.
Apesar disso, o analista Ming-Chi Kuo (que possui uma boa reputação quanto aos seus palpites sobre futuros produtos da Apple) deu indícios de que realmente se tratará de dispositivo vestível em um post no X (antigo Twitter).
O protótipo atual é ligeiramente maior que o Ai Pin, com um formato tão compacto e elegante quanto um iPod shuffle. O design e as especificações poderão mudar antes da produção em massa.
Uma das pretensões é usar o dispositivo ao redor do pescoço. Ele terá câmeras e microfones para detecção de ambientes, sem funcionalidade de tela.
Espera-se que ele se conecte a smartphones e PCs, utilizando seus recursos de computação e tela.
Kuo ainda disse esperar que o dispositivo entre em produção em massa em 2027 e que sua montagem ocorrerá fora da China para reduzir riscos geopolíticos — sendo o Vietnã atualmente o provável polo de produção.
Desafios
Ainda de acordo com o WSJ, Altman também teria enfatizado à sua equipe que o sigilo será fundamental para evitar que concorrentes copiem o produto antes do lançamento — no entanto, considerando que essa mesma fala teria vazado dos escritórios da OpenAI, levantam-se questões sobre o quanto ele pode confiar em sua própria equipe e o quanto mais ele estará disposto a revelar daqui pra frente.
Além disso, o executivo disse que a OpenAI “não vai comercializar 100 milhões de dispositivos no primeiro dia”. Mas ele acredita que a empresa entregará essa quantidade de dispositivos “mais rápido do que qualquer outra empresa já vendeu 100 milhões de algo novo antes”. Diferentemente da previsão de Kuo, o WSJ indica que o objetivo da OpenAI é lançar o primeiro dispositivo até o final do ano que vem.
Por fim, Altman espera que a aquisição da io (avaliada em US$6,5 bilhões) poderia adicionar US$1 trilhão em valor de mercado à OpenAI, pois criaria uma nova categoria de dispositivos — diferente dos portáteis ou vestíveis que outras empresas já lançaram.
via Bloomberg