Gripe aviária não é transmitida para humanos ao consumir carne e ovos; entenda
Com o aumento dos casos de gripe aviária entre aves comerciais, crescem as dúvidas da população sobre os riscos de contágio. No entanto, autoridades asseguram que a ingestão de produtos como carne e ovos não representa ameaça à saúde humana.
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De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o risco de infecção em humanos pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) é considerado baixo. Os casos ocorrem, majoritariamente, entre profissionais com contato direto e prolongado com aves infectadas.
“O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança de produtos inspecionados”, informa o órgão federal em comunicado.
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Contato com secreções de aves

A infecção humana pelo vírus da gripe aviária acontece principalmente pelo contato direto com aves infectadas – estajam elas vivas ou mortas – ou com ambientes contaminados, como mercados de aves vivas. Contudo, alguns casos da doença em humanos já foram associados ao consumo de pratos preparados com sangue contaminado e ao contato com secreções de aves com o vírus.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nem todos os subtipos de vírus aviários têm capacidade de infectar seres humanos. Os subtipos que já adquiriram essa capacidade são:
- H3N8
- H5N1
- H5N6
- H7N3
- H7N4
- H7N7
- H7N9
- H9N2
- H10N3
- H10N8
Sem casos registrados no Brasil
Não há registros de infecção humana por vírus aviários no Brasil, e isso se deve ao fato do país se preparar para prevenir e agir rapidamente no caso de registro de focos da doença. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Serviço Veterinário brasileiro vem sendo treinado desde a década dos 2000.
“Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações vêm sendo adotadas, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência e o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados”, ressalta o Mapa.
Ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no território brasieliro também são medidas adotadas para mitigar a entrada de vírus na avicultura comercial brasileira.
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