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Jogamos | Deadzone: Rogue – ou como eu aprendi a amar o caos intergaláctico e morrer tentando

Meu chapa, se você achava que o espaço sideral era só silêncio e poeira cósmica, Deadzone: Rogue vem te dar uma voadora interdimensional bem no meio do teclado. Porque aqui o silêncio é substituído por tiroteio, robô possuído, granada explodindo tripa alienígena e um HUD cheio de número piscando enquanto você grita “onde é que eu tô, meu Deus??”.

Esse jogo é tipo aquele primo do DOOM que largou a faculdade, virou indie e agora vive num porão com um PC gamer rodando Unreal Engine. É tiro, dash, loot, morte súbita, revive no rage, power-up bizarro, e aí repete.

👽 E a história? Tem sim, mas finge que não

Você acorda numa estação espacial – porque, claro, todo FPS começa com o protagonista acordando em algum lugar – sem memória, sem amigos, e com um arsenal improvisado que parece ter saído da gaveta do Duke Nukem. A nave tá infestada de robôs demoníacos, zumbis com LED RGB, e chefões que parecem resultado de uma briga entre o H.R. Giger e um engenheiro da Boston Dynamics bêbado.

Seu objetivo? Não morrer. E se der tempo, descobrir por que diabos você tá ali. Mas vamos ser sinceros: você não tá aqui pela lore. Você quer atirar, upar, morrer, repetir. E isso o jogo entrega com gosto.

🔫 Gameplay: frenético, surtado e às vezes injusto — e a gente AMA

Deadzone: Rogue mistura tiroteio acelerado, dash de 2 segundos com cooldown de 3 milésimos, e inimigos que aparecem em ondas igual boleto no fim do mês. E quando você acha que tem tudo sob controle, aparece um robô com lança-chamas montado num drone voador te dando bom dia com uma rajada na cara.

Mas ó, tem charme: o jogo te dá uma variedade boa de armas que podem ser modificadas com efeitos elementais. Gelo, fogo, choque, raiva, decepção amorosa — tudo vira munição. E aí começa a magia da personalização, aquele momento em que você pensa “se eu juntar essa escopeta flamejante com essa passiva de eletricidade, talvez eu consiga… MORRI”.

Mas pelo menos foi bonito.

🧪 Roguelite de verdade, com aquele temperinho da frustração boa

A cada run, você pega componentes tecnológicos que servem pra upar permanentemente seu personagem. É o famoso “sofre agora pra sorrir depois”, versão sci-fi. Você melhora escudo, arma, dano, resistência à vergonha alheia… e recomeça mais forte.

Só que mesmo mais forte, o jogo continua não perdoando. Principalmente porque o level design muda sempre, as salas são proceduralmente geradas e você nunca sabe se vai encontrar um armário de munição ou uma emboscada de mecha raivoso com mira laser e rancor acumulado.

🤝 Modo cooperativo: às vezes funciona, às vezes vira ‘Among Us

Até 3 jogadores podem jogar juntos no modo coop. Legal, né? Sim. Na teoria. Na prática, às vezes o jogo resolve que quando seu amigo morre, vocês vão juntos pro buraco. Literalmente. Bugzinho aqui, travadinha ali… o multijogador ainda tá meio bagunçado. Mas a vibe é boa. E nada une dois amigos como morrer juntos na mesma sala cheia de armadilha invisível.

🧟‍♂️ Inimigos & Bosses: biomecânicos que fariam o Ridley Scott suar frio

Tem zumbi mecânico, tem droninho com metralhadora, tem aranha cibernética, e tem chefões que parecem ter saído de um pesadelo depois de comer feijoada cósmica. Os caras são grandes, fortes, e te caçam como se você tivesse batido no carro deles no estacionamento.

E a IA? Malandramente esperta. Eles sabem se posicionar, te cercam, te cobram CPF… não é o tipo de inimigo que fica parado esperando você mirar.

🎧 Trilha sonora & som: serve, mas podia ser mais metaleira

A música é funcional. Não empolga, mas também não irrita. Fica ali, no fundo, tentando dar uma vibe sci-fi industrial enquanto você corre por corredores ensanguentados. O problema é que ela repetitiva demais. Depois da quinta run você começa a cantar junto. De tédio.

Os efeitos sonoros são bem feitos: tiros têm peso, explosões têm impacto, gritos têm desespero. Só faltou a trilha de boss com guitarra de 17 cordas pra completar o combo.

💻 Gráfico: claustrofóbico, escuro, e do jeitinho que o caos gosta

Não tem ray tracing? Não tem problema. O visual é sujo, denso, metálico e claustrofóbico. Você sente que tá dentro de uma estação espacial onde até a parede quer te matar. É tipo jogar DOOM com lanterna fraca e clima de Dead Space sem o capricho do orçamento AAA.

E tudo isso ajuda: a ambientação segura a bronca. O problema é que as áreas começam a parecer muito parecidas depois de algumas runs, e a repetição pode bater.

Deadzone: Rogue é aquele jogo que você odeia nos primeiros 10 minutos, vicia nos próximos 30, e depois de 2 horas tá xingando enquanto dá retry pela 47ª vez. É sujo, é bruto, é direto ao ponto — e é por isso que é tão legal.

Ele ainda tem muito o que melhorar. Tá em Acesso Antecipado, o que quer dizer “tamo arrumando enquanto você joga, paciência aí”. Mas já dá pra ver que o esqueleto é forte, o DNA é promissor, e o caos é garantido.

Se você curte FPS frenético com morte aleatória, loot, tiro na cara e monstros biomecânicos com cheiro de óleo e vingança… pode entrar. O inferno começou.

📝 Em breve, a análise completa de Deadzone: Rogue com mais detalhes, bugs, prints, mortes trágicas e momentos em que a gente quase quebrou o teclado. Fica ligado.

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