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Jogamos | Monster City — A Monster College Story e… devíamos ter ficado estudando mesmo

Bom, vamo lá, meus nerds noturnos do teclado mecânico. A missão era clara: jogar Monster City: A Monster College Story no Steam, entender o jogo, sentir a narrativa, absorver a experiência… e sobreviver com sanidade intacta.

Spoiler: não deu. Já começamos o texto com o aviso de utilidade pública: não confundir “Monster City” com jogo bom. Ou com diversão. Ou com qualquer expectativa que envolva vida inteligente.

🧛 História? Sim. Sentido? Nenhum.

Você joga como Adam Thorne, um vampiro adolescente com poderes “defeituosos” (tá bom, Blade reverso), tentando encontrar seu lugar na universidade de monstros Silverleaf — que parece ter sido desenhada por um estagiário entediado e escrita por uma IA alimentada a novela mexicana e diálogos aleatórios do ChatGPT 1.0.

A ideia até que tenta ser “teen sobrenatural meets colegial zoado”, tipo um Buffy com hormônio e sem roteiro. Só que no fim das contas, é muita conversa pra pouca consequência. O texto se alonga mais que fila de emergência na Receita Federal, e os personagens… mano, eu já vi NPC de Skyrim com mais carisma.

🖼 Visual novel ou apresentação de PowerPoint com stickers?

O marketing jura que o jogo tem “mais de 6 mil imagens em Full HD”. E tem. Só que é tipo aquela galeria de artes renderizadas que você viu no DeviantArt em 2009 e pensou: “legal, mas e o jogo?”. As cenas são fixas, os personagens têm três expressões (feliz, confuso e “me tira daqui”) e a movimentação… ah, não tem.

É literalmente um “clique pra continuar” com música genérica e aquela sensação constante de que o tempo está sendo roubado da sua vida.

💬 E os diálogos?

Aqui entra o ponto alto da tragédia: os diálogos foram provavelmente escritos por um gerador automático com TDAH. Você passa minutos clicando só pra ler frases que podiam ter saído de uma thread do Reddit sobre fanfics de monstros. Uma mistura de flerte forçado com pseudo-mistério estilo “nossa, você sabia que meu pai sumiu num ritual demoníaco?”

A maioria das conversas não leva a lugar nenhum, e quando leva, a rota é tão rasa que o Google Maps se recusa a mapear. A IA provavelmente fez o roteiro assim: jogou as palavras “sexo”, “faculdade”, “demônio”, “mistério” e “romance” num liquidificador e serviu sem coar.

😅 Mas Rumble, você não gosta de visual novel?

Claro que gosto. Quando tem ALMA. Quando tem roteiro, tensão, boas escolhas, finais impactantes. Monster Prom é um exemplo: mistura humor, estética e tomada de decisão real. Doki Doki Literature Club quebra a quarta parede com mais estilo do que Monster City quebra a expectativa de qualidade. Até aquele joguinho de dating sim com pombos, Hatoful Boyfriend, tem mais coerência e emoção.

Visual novel boa é aquela que você quer conversar com os personagens, salvar seus favoritos e chorar no final. Monster City te faz querer pular linha com o dedo mais rápido do que no speedrun de Tetris.

👻 E a parte sensual?

Sim, o jogo tenta ser picante. Mas é tipo assistir filme adulto censurado na TV a cabo dos anos 2000: sugestivo, estranho e com iluminação ruim. As cenas mais “quentes” são menos eróticas e mais constrangedoras, tipo ouvir seus pais contando como se conheceram. E se você aguentar 120 mil palavras pra ver um render estático de meia luz com carinha de “ué”, meus parabéns, guerreiro.

Monster City: A Monster College Story é tipo aquele amigo que diz “vai ser divertido, confia” e te leva pra uma noite de karaokê com três pessoas e um microfone quebrado. Ele tenta te convencer de que é profundo, engraçado e sensual — mas no fim, só entrega decepção renderizada.

É o tipo de jogo que faz você valorizar seu backlog e repensar se “jogar qualquer coisa” é mesmo uma boa ideia. Recomendado apenas pra fãs da série Monster College que estejam presos emocionalmente nesse universo e não tenham acesso à internet pra baixar coisa melhor.

⚠ Em breve, traremos a análise completa de Monster City: A Monster College Story, com mais detalhes, prints e uma tentativa desesperada de encontrar algum sentido nisso tudo. Fica ligado. ⚠

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