Jogamos | Yet Another Zombie Survivors — A zumbizera tá o caos e sua build é a única coisa entre você e um buffet canibal
Você já viu esse filme. Um monte de zumbi feioso brotando do chão como se fosse cupim de apocalipse, um herói solitário com uma arma na mão e coragem no coração (e 2% de bateria no celular), e claro, o loop: mata, corre, coleta XP, pega skill, sobrevive, repete. Sim, o nome já entrega a zoeira — Yet Another Zombie Survivors — mas olha… esse aqui é um daqueles que você começa achando que vai jogar 10 minutos e quando vê já tá 3h30 da manhã e você nem jantou.
Bullet Heaven com gosto de sangue e XP
Vamos direto ao ponto: isso aqui é um auto-shooter roguelite. Você anda, os tiros saem sozinhos, os zumbis vêm igual boleto no fim do mês e você tem que sobreviver tempo suficiente pra upar e virar um monstro da matança. Simples? Sim. Viciante? PRA CARAMBA.
O bagulho é tão frenético que chega uma hora em que a tela parece um carnaval de explosões, balas, lasers, lança-chamas, zumbis derretendo, e você tentando pegar aquela melhoria de vida no meio de tudo isso sem tomar uma mordida no tornozelo.
Esquadrão suicida, mas carismático
Você começa com o bonitão do SWAT, aquele cara padrão “militar americano genérico” com uma pistolinha que, com o tempo, vira uma Uzi dos infernos. Mas o jogo te deixa montar um trio ofensivo digno de filme B dos anos 90, tipo:
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Tank, o brutamontes com uma doze que dá medo até no som;
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Engineer, com um rifle elétrico que faz Tesla bater palma;
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Huntress, a sniper gótica com traumas e uma mira impecável;
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Ghost, o ninja da quebrada que só bate de perto (e bate forte);
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Medic, que ninguém respeita no começo, mas salva geral;
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Pyro, o maníaco das chamas, porque todo jogo precisa de um louco incendiário.
Cada um tem uma build, uma arma e uma insanidade diferente, e o jogo deixa você montar sua trupe do caos — e quando encaixa, meu amigo, é destruição coreografada em 60 FPS.
Controle? Só de movimento. O resto o jogo resolve com gosto.
Essa é a parte que pode dar nó em gamer raiz: você não atira, só anda. O resto é tudo automático. Mas não torce o nariz ainda, porque aqui isso funciona MUITO bem. É tipo Vampire Survivors, mas com mais testosterona, mais carnificina e menos gráfico de Paint.
Você tem que decidir a melhor hora pra pegar XP, desviar dos zumbis, escolher entre três melhorias a cada level e pensar rápido, porque a tela lota mais rápido que promoção de RTX no AliExpress.
Progresso permanente, mas não babaca
Morreu? Normal. Vai morrer de novo? Com certeza. Mas pelo menos você leva XP de volta e pode gastar em upgrades permanentes que fazem diferença real nas próximas tentativas.
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Mais vida? Check.
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Mais dano? Check.
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Cooldown reduzido? Hell yeah.
Você vai melhorando devagar, mas de forma gostosa. Tipo academia, mas com zumbis e sem whey.
Visual de indie esperto, com suor de otimização
Não espere ray tracing ou texturas que brilham no escuro. Mas também não precisa. Yet Another Zombie Survivors aposta num visual simples, mas funcional — zumbis feios, efeitos chamativos e animações decentes. E roda até em calculadora gamer.
No Steam Deck, então? É uma delicinha. 60 FPS travados, bateria aguentando bem e zero stutter. É o tipo de jogo que nasceu pra ser portátil, tipo snack de violência digital.
A real: por que esse jogo funciona tão bem?
Porque ele entende que menos é mais, desde que o “menos” esteja cercado de explosão, evolução constante e zumbis virando picadinho em tempo real. O nome é zoeiro, mas o conteúdo é sólido. A galera do Awesome Games Studio sabe que não tá reinventando a roda. Eles só colocaram pneu novo e tacaram nitro.
Faltam algumas coisas? Sim, mas…
Ainda tem espaço pra melhorar. Mais mapas, mais chefes diferentões, talvez um cooperativo maluco (alô, devs?), mais customização visual pro esquadrão e claro — sempre cabe mais uma arma insana no arsenal. Mas mesmo sem isso tudo, já é um jogo que entrega mais do que muito título hypado por aí.
Se você curte apocalipse, roguelike, carnificina e botão de atirar desativado — Yet Another Zombie Survivors vai te pegar de jeito. Ele não tenta ser o mais bonito, o mais profundo ou o mais inovador. Ele só quer te dar um motivo pra exterminar 20.000 zumbis em 15 minutos e sorrir com orgulho depois.
Nota? 8.5 com gosto de sangue fresco e trilha sonora de metralhadora.
Em breve, traremos uma análise completa, destrinchando cada personagem, build, run e futuro promissor desse banho de miolos automatizado.
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