Nomofobia afeta idosos; saiba como identificar os sinais
O cuidado com o excesso de telas é algo que transcende gerações. É claro que o foco tem sido bem mais voltado para o público mais jovem, mas a nomofobia afeta idosos também. Por isso, é muito importante ficar atento aos sinais do vício em celular e pensar nas melhores práticas para combatê-lo.
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Os pesquisadores da UFMG perceberam a presença da nomofobia (medo de ficar longe do celular) em idosos durante um estudo realizado no ano passado.
O estudo foi feito por revisão de 142 artigos e mais de dois milhões de pessoas. A maior parte foi composta por adolescentes, nativos digitais. No entanto, a quantidade de idosos que desenvolveram a fobia de ficar separados do celular surpreendeu os cientistas.
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A tese levantou um alerta especial aos idosos que consomem conteúdos violentos na televisão e as possíveis consequências para a saúde mental.
Para os pesquisadores, não basta limitar o tempo de tela, é necessário também enriquecer o tempo fora dela, tentando manter a mente ativa, principalmente levando em consideração que a falta de gerenciamento do tempo aumenta o estresse de forma considerável.
Nomofobia
A nomofobia vem do termo “No Mobile Phone Phobia”, e quer dizer justamente o medo irracional de ficar sem celular. A pessoa tem problemas para se desconectar, mesmo que por um limitado período.
Nomofobia afeta idosos (Imagem: Christian Buehner/Unsplash)
Um estudo da Journal of Family Medicine diz que vários fatores psicológicos estão envolvidos quando uma pessoa usa excessivamente o telefone celular, como a baixa autoestima.
“É muito difícil diferenciar se o paciente se torna nomofóbico devido ao vício em telefone celular ou transtornos de ansiedade existentes se manifestam como sintomas nomofóbicos”, diz a pesquisa. Isso porque os sintomas são muito semelhantes, como você vai ver a seguir.
Como identificar a nomofobia
O estudo menciona que os sinais de nomofobia incluem:
Ansiedade Alterações respiratórias Tremores Transpiração Agitação Desorientação Taquicardia.
“Alguns transtornos mentais podem precipitar a nomofobia também e vice-versa. A complexidade dessa condição é muito desafiadora para os familiares dos pacientes, bem como para os médicos, pois a nomofobia compartilha sintomas clínicos comuns com outros transtornos”, mencionam os pesquisadores.
É por isso que, segundo eles, o diagnóstico deve ser feito por exclusão. “Temos que permanecer no mundo real mais do que no mundo virtual. Temos que restabelecer as interações humano-humano, as conexões face a face. Então, precisamos limitar nosso uso de telefones celulares em vez de proibir porque não podemos escapar da força do avanço tecnológico”, conclui o estudo sobre nomofobia.
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