Novo lançamento espacial deixa Irã mais perto de ter armas nucleares
O lançamento da maior carga útil já feita pelo Irã aumenta as preocupações sobre o desenvolvimento de armas nucleares pelo país do Oriente Médio. A mídia estatal iraniana informou que lançou com sucesso um dos foguetes Simorgh de dois estágios com cargas úteis pesando 300 quilos.
Essas cargas incluem um rebocador espacial conhecido como Saman-1, que pode impulsionar satélites para órbitas mais altas, o cubesat Fakhr-1 e uma “carga útil de pesquisa” que não teve mais detalhes revelados.
Lançamento representa avanço do programa espacial iraniano
Segundo a Reuters, as três cargas úteis foram colocadas em uma órbita terrestre baixa elíptica, ou oval, atingindo até 410 quilômetros em seu ponto mais alto e 300 km em seu ponto mais baixo.
O lançamento foi classificado como “um marco para o setor espacial do Irã”, de acordo com a mídia estatal iraniana.
Analistas apontam que o rebocador espacial Saman-1 permitiria ao país impulsionar satélites em órbita baixa da Terra até órbitas mais altas.
Isso eliminaria a necessidade de veículos de lançamento maiores e reduziria os custos de combustível.
Além disso, o lançamento é considerado uma prova do avanço do programa espacial iraniano, o que poderia indicar que os iranianos estão próximos de desenvolver armas nucleares e mísseis balísticos.
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País pode estar mais próximo de desenvolver armas nucleares
Os Estados Unidos e outras nações aliadas acusam o Irã de desafiar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem o país de desenvolver tecnologias de mísseis balísticos, que são paralelas ao desenvolvimento de foguetes.
Um relatório de inteligência dos EUA divulgado em julho afirmou que o foguete Simorgh do Irã “provavelmente encurtaria o cronograma para produzir um míssil balístico intercontinental” uma vez que os sistemas usam tecnologias semelhantes”.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, Rafael Grossi, afirmou nesta sexta-feira (6) que o Irã estava acelerando drasticamente o enriquecimento de urânio para até 60% de pureza, o que deixa o país cada vez mais próximo do nível necessário para o desenvolvimento de armas nucleares.
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