O que falta para Jared Isaacman, indicado de Trump, ser o novo líder da NASA?

Jared Isaacman, bilionário, piloto experiente, astronauta comercial e fundador da empresa de pagamentos Shift4 Payments, é a grande aposta do governo Donald Trump para assumir a liderança da NASA. O presidente americano anunciou sua indicação em dezembro de 2024, mas ainda há algumas etapas à frente até a agência espacial norte-americana ter seu novo representante. 

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Naquele mês, o governo Trump anunciou apenas a intenção de indicar Isaacman para o cargo de administrador da NASA. Recentemente, ele recebeu aprovação do Comitê de Comércio do Senado norte-americano para o cargo; 19 dos 9 participantes votaram a favor da sua nomeação. 

Nos próximos passos, ele precisa agora de votos totalmente favoráveis do Senado norte-americano. Ainda não foi confirmada a data da nova votação, mas o esperado é que ele consiga. 

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Vale lembrar que Isaacman também vem recebendo apoio de parte importante da comunidade aeroespacial: quase 30 astronautas assinaram uma carta que apoiava sua indicação, e ex-administradores da NASA também se mostraram favoráveis à nomeação do empresário. 

Caso acabe assumindo a função, ele vai administrar a NASA em um momento turbulento. O que acontece é que Isaacman, Elon Musk e Jeff Bezos são alguns dos bilionários que vêm mudando a forma como a indústria aeroespacial funciona: eles aceleraram as inovações tecnológicas e prometem reduzir de forma significativa os custos dos voos espaciais tripulados.

Assim, é natural esperar que Isaacman mantenha este caminho na NASA, cujos programas espaciais são considerados “excessivamente caros” por players do setor privado.

No entanto, a jornada no comando da agência espacial não vai ser fácil… 

Futuro na NASA?

Atualmente, a agência espacial vem tentando levar novos astronautas à Lua por meio do programa Artemis, e planeja também estabelecer a presença humana permanente por lá.

Entretanto, nem todos concordam com o plano: alguns — incluindo Elon Musk, CEO da SpaceX — sugerem que o retorno à Lua deveria ser deixado de lado, e que seria mais importante trabalhar agora em formas de levar humanos a Marte. 

Também há críticas ao foguete Space Launch System, o poderoso lançador do programa Artemis; para alguns, a agência espacial deveria adotar o Starship, da SpaceX, ou outros sistemas comerciais.

Para completar, Isaacman foi acusado de ser envolvido demais com a indústria espacial comercial — e mais ainda com a SpaceX. Ainda, há quem se preocupe com a possibilidade de Elon Musk ter influência ainda maior no setor no caso de Isaacman se tornar o novo administrador.  

Na audiência de confirmação, Isaacman reforçou o compromisso de continuar o programa Artemis e o foguete Space Launch System, e insistiu que a NASA dá conta de planejar tanto o aguardado retorno da humanidade à Lua quanto missões tripuladas a Marte. Ele afirmou também que a agência vai conseguir conduzir os dois projetos simultaneamente, apesar das incertezas orçamentárias. 

Isaacman declarou que, se acabar confirmado como a nova liderança da NASA, vai abrir mão do cargo de CEO na Shift4 Payments, empresa de pagamentos que fundou, e que tem relação financeira com a Starlink, da SpaceX. “Não tenho interesse em ganho pessoal ou em beneficiar qualquer empreiteiro – estou aqui apenas para servir meu país e liderar a maior agência espacial do mundo com integridade e transparência”, escreveu ele. Resta aguardar os próximos capítulos. 

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