Por que ter todo o dinheiro do mundo tornaria impossível gastá-lo?

Em uma curiosa análise da série “What If?” do xkcd, Randall Munroe e Henry Reich do MinutePhysics exploraram um paradoxo fascinante: mesmo que alguém conseguisse acumular todo o dinheiro físico existente no planeta (atualmente mais de US$ 10 trilhões), essa fortuna seria inútil na prática.

O problema é simples: se uma pessoa concentrasse literalmente todo o dinheiro circulante, não sobraria nenhum para o resto do mundo. Sem a cooperação de outras pessoas – que não teriam como receber pagamentos nem oferecer bens ou serviços em troca – essas pilhas de cédulas se transformariam em meros objetos de decoração.

“Na melhor das hipóteses, você poderia nadar em seu dinheiro como o Tio Patinhas”, brincam os autores. Mas comprar algo? Esquecer. O valor do dinheiro depende justamente de outras pessoas aceitarem e usarem a mesma moeda – um lembrete irônico de que riqueza, no fundo, é um conceito coletivo, não individual.

A reflexão serve como alerta para os mais gananciosos: acumular riqueza tem um limite prático muito antes do que imaginamos. Afinal, de que adianta ter todas as notas do mundo se não há comércio, serviços ou economia funcionando para usá-las?

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