Preview: jogamos 30 horas de Death Stranding 2! Veja impressões
O ano de 2025 continua fortíssimo para grandes lançamentos e há ao menos mais um colosso no radar: Death Stranding 2. Embora o primeiro game seja muito elogiado e tenha se destacado por suas mecânicas e história bem fora da curva, o título dividiu opiniões por seu teor autoral e diferente do que estamos acostumados. Mas e a sequência?
Recentemente, nossa querida Thais Matsufugi viajou ao Japão a convite do PlayStation Brasil para testar quase 30 horas de Death Stranding 2 ao longo de múltiplas sessões e traz as primeiras impressões do game abaixo – e claro: sem spoilers! Ficou curioso? Venha ver!

Imagem: Kojima Productions
Death Stranding 2 continua a apostar na narrativa…
Se você jogou (ou ao menos acompanhou a repercussão) do primeiro Death Stranding, deve se lembrar dos trailers misteriosos e a trama recheada de ideias fora da caixa – além dos atores de renome, claro. Ter um grande foco em enredo sempre foi explícito e Death Stranding 2 parece seguir os mesmos passos.
De acordo com a Tha Matsu, a sequência continua a trazer uma apresentação de alto calibre e apresentar cutscenes sensacionais. Na história, vemos eventos que se passam 11 meses após o fim do primeiro título, com Sam e Lou supostamente desaparecidos depois de a América ser reconectada.

Imagem: Kojima Productions
Mas, como você deve imaginar, nosso querido protagonista está apenas vivendo uma vida pacífica e longe das responsabilidades da Bridges – que, inclusive, teve mudanças ao decorrer de quase 1 ano. Neste cenário, as entregas dos portadores já não são necessárias e há uma rede, chamada de APAC 4000, que utiliza robôs. Em outras palavras, Sam pode aproveitar sua nova vida de pai (mas não por muito tempo).
Como você deve imaginar (já que a trama precisa prosseguir), Sam é encontrado e precisa cumprir uma nova missão em Death Stranding 2: conectar o mundo – ou ao menos o que se conhece até agora. Na trama, nosso protagonista deve seguir ao México, mas o “evento Death Stranding” foi diferente por lá.
Além de terem problemas sérios para eliminar cadáveres, a população viu alguns acontecimentos bem diferentes (que vamos deixar em aberto para não estragar a surpresa). E, além disso, Deadman descobriu em suas pesquisas algumas peculiaridades: fauna de outros lugares do planeta dando as caras em território mexicano.

Imagem: Kojima Productions
Isso está ocorrendo porque um cinturão de alcatrão separou a América do Sul do restante do continente e criou uma fenda que conecta outros locais do mundo, como a Austrália (que, inclusive, tem sua própria particularidade: chuva de baleias em chamas criam incêndios gigantescos), que levará nosso protagonista para localidades bem diferentes em Death Stranding 2.
Se a história do primeiro jogo era mais focada em Sam e Cliff, a de Death Stranding 2 terá uma ênfase maior em Lou e em outros personagens inéditos, como Dollman, Rainy, Tomorrow e mais, trazendo um roteiro mais melancólico e misterioso que o título anterior (e, caso você não se lembre de tudo do primeiro game, há uma recapitulação logo no começo da aventura).
Nesse emaranhado de novidades, a Kojima Productions também trouxe um novo elemento de gameplay: escolhas durante os diálogos. Ainda não sabemos se elas terão alguma relevância impactante e, ao menos nos 7 primeiros capítulos, apenas deram uma falsa sensação de liberdade.
Ainda há muito o que se descobrir, mas Thais Matsufugi cravou algo após sua experiência: Death Stranding 2 é o seu jogo mais aguardado de 2025 e grande parte da empolgação reside em saber mais da história. Se preparem para momentos épicos, cenas avassaladoras e um enredo que vai fisgá-lo.

Imagem: Kojima Productions
…mas sem perder o foco no gameplay (que traz muito mais combates agora)
Embora Death Stranding tenha ficado marcado por trazer um grande foco na trama e usar atores de alto calibre para contar sua história, gameplay nunca faltou – goste você ou não das mecânicas ousadas e diferentonas. Entretanto, segundo Tha Matsu (e o próprio Kojima em entrevista), Death Stranding 2 será bem mais amplo, terá uma diversidade maior de atividades e vai contar com um escopo mais ambicioso.
Durante a visita à Kojima Productions, Tha Matsu teve a chance de jogar quase 30 horas de Death Stranding 2 e cobrir cerca de 40% da campanha. Nas diversas sessões de jogatina, nossa querida apresentadora relata que há muitas novidades na sequência, inclusive uma liberdade maior entre optar por stealth ou combates.

Imagem: Kojima Productions
Se você jogou o primeiro game, talvez tenha estado em um de dois lados: adorou as mecânicas de entrega e não se importou com a ênfase na furtividade, ou simplesmente não clicou com os sistemas diferentes que não priorizavam a ação. Na sequência, Hideo Kojima optou por já entregar ferramentas ao jogador, seja armas ou veículos, e tornar a experiência mais dinâmica.
Além de ter mais “ação” logo de início, Death Stranding 2 também terá missões mais variadas: fora as entregas (obviamente), há também resgate de reféns, invasão de bases, atividades que envolvem transpor desafios de cenários inéditos (que falaremos mais abaixo) e, como citado, a abordagem que você quiser, seja furtiva ou cheia de ação.
Só tome cuidado: com novas opções de combate, há problemas que merecem sua atenção. Durante a campanha, é alertado ao jogador que ao matar um ser humano e não incinerar seu corpo pode causar uma obliteração, então é um dos sistemas que você precisa ficar atento – entretanto, Thais relatou que ao testar a mecânica, nada aconteceu por dias, mas pode ser algo da build de preview.

Imagem: Kojima Productions
Contudo, embora haja novidades, a parte “videogame” permanece e você precisa “recomeçar do zero”, com Sam tendo que reconstruir seu arsenal novamente. Isso gira em torno da justificativa de que a rede quiral não está conectada como nos EUA, então parte dos recursos novos precisam ser desbloqueados. Uma excelente sacada para explicar a narrativa e uma ótima maneira de dar um senso de evolução.
E, por falar nisso, Death Stranding 2 traz uma seleção de habilidades ativas e passivas, como travessia de terreno, capacidade de transporte, resistência, capacidade respiratória e mais, incluindo elementos de combate, como domínio de lutas corpo a corpo, pistolas e fuzis de assalto – além de outras para veículos, reconhecimento de terreno e ferramentas. É um sistema de skills bem completo que ajuda a criar um senso de progressão.
E, embora haja a progressão natural, há novidades logo de cara que não dependem de áreas inéditas ou árvore de habilidades. Agora, por exemplo, há um ciclo de dia e noite em Death Stranding 2. Além de trazer mais dinamismo e cenários noturnos (inclusive, o Odradek funciona como uma lanterna no escuro), há novas missões que aproveitam esses sistemas de gameplay.

Imagem: Kojima Productions
Quer um exemplo? Algumas cargas são sensíveis à temperatura, ou seja: Sam não pode levá-las no calor e durante o dia. Para isso, você precisa fazer entregas noturnas ou durante dias chuvosos – inclusive, nesse mesmo tema, você pode descansar na sua base para esperar a hora certa e passar o tempo.
Para acompanhar as mecânicas estreantes, há inimigos inéditos também, o que inclui alguns BTs que surpreenderão veteranos: alguns deles conseguem enxergar o protagonista, tornando os encontros mais perigosos (em contrapartida, agora Sam também consegue ver BTs sem um Odradek, algo que jogadores que finalizaram o game anterior podem lembrar o motivo).
Há criaturas quirais que andam em bando e furtam equipamentos e entregas, mulas que ainda darão dor de cabeça ao jogador e muito mais. Se você vai optar por furtividade, fuga ou combate, a escolha é sua.

Imagem: Kojima Productions
Outro sistema que Death Stranding 2 vai manter são seus aspectos “sociais”, conectando outros jogadores. Chamado agora de Social Stranding Service, ele tem uma interface semelhante a de uma rede social (tipo Instagram), com fotos, recados, likes, Bridge Links para estatísticas e conexões com outros usuários. O feed inclui registros de Sam e Lou, além de interações de NPCs, dicas e ameaças.
Se você for atencioso e realmente olhar o Social Stranding Service, há dicas de mecânicas escondidas, missões e atividades pelo mapa. E, por falar nelas, há novidades por lá também.

Imagem: Kojima Productions
Novos desafios de locomoção temperam a experiência
Uma coisa é necessária deixar claro neste preview: Death Stranding 2, por mais que tenha toneladas de adições, maior dinamismo e liberdade ao jogador, ainda é essencialmente uma experiência de transportar cargas do ponto A ao ponto B. Inclusive, Hideo Kojima explicou em uma entrevista que o Flow Games participou que a evolução é similar ao que vimos em Metal Gear Solid.
Em Metal Gear Solid 1, o diretor deliberadamente retirou as armas dos jogadores na introdução, algo que, segundo ele, “pode ter frustrado algumas pessoas”, mas era tudo uma lição sobre aprender a ser furtivo; entretanto, em Metal Gear Solid 2, Kojima contou com a experiência dos usuários em saber dosar o stealth, garantindo que eles teriam armas boas desde o começo da campanha.

Imagem: Kojima Productions
Em Death Stranding 2 a situação é similar. Apesar de existir mais atividades, armas e inimigos, o foco da experiência ainda é transmitir a trama através do ponto de vista de um portador, que leva cargas. E, para apimentar a jogatina e trazer um frescor de novidades, existem muitas adições que trazem novos desafios e mecânicas para se locomover no cenário.
Conforme citamos, Death Stranding 2 terá capítulos no México e Austrália (e as coisas são diferentes por lá). No território mexicano, por exemplo, há os tremores terralares que causam terremotos e desmoronamentos (e alteram a paisagem), além de inundações que podem subir drasticamente o nível dos rios e lagos, criando empecilhos aos jogadores.

Imagem: Kojima Productions
Já na Austrália, há incêndios (que causam danos e destroem cargas) que precisam ser combatidos com o canhão de alcatrão, além de tempestades de areia que diminuem a visibilidade, criam dificuldade de locomoção (se estiver contra o vento) ou até facilidade na sua caminhada (se estiver a favor do vento). Todo o seu trajeto pode ser planejado de antemão e o mapa traz avisos sobre potenciais perigos (inclusive, andar de noite pode ser mais perigoso).
Novos problemas trazem novas soluções. Para balancear a experiência, Death Stranding 2 também tem veículos novos, um sistema de monotrilho que pode transportar o seu carregamento junto com você, além de novos tipos de viagem rápida – mas sem a sua carga, claro –, como os Transpounders e as Fontes Termais.
Essa diversidade de variações climáticas e novas ferramentas, juntamente com mais opções de combate e atividades para fazer (o que inclui até mesmo catalogar a vida selvagem) pode ser um ponto-chave para quem tinha restrições com o primeiro game.
Death Stranding 2 é mais abrangente e diversificado, então talvez valha sua atenção – e, se você amou o antecessor, é mais conteúdo e qualidade além do que você pode aguardar.

Imagem: Kojima Productions
Graficamente soberbo
Se você assistiu aos trailers de Death Stranding 2, deve ter notado que o seu alto valor de produção transparece em cada cena. O primeiro título já era muito avançado tecnologicamente, utilizando técnicas de fotogrametria e texturas de altíssimo nível. A sequência vai além e até borra o limiar entre jogo e realidade.
De acordo com a nossa querida Thais Matsufugi, toda a sua jogatina aconteceu em um PS5 comum (ou seja, não era o PS5 Pro) e no Modo Qualidade – mas há também o Modo Performance para quem optar por 60 fps e uma experiência mais fluida.

Imagem: Kojima Productions
Com a adição do México e Austrália (talvez mais países, mas não sabemos por ora), o cenário se tornou mais variado e com biomas completamente diferentes, além de o sistema de dia e noite trazer um dinamismo maior às composições belíssimas do game.
Esse é sem dúvidas um AAA de peso em 2025. Utilizar a Decima Engine (a mesma que vimos em Horizon Forbidden West) e uma equipe talentosa de artistas realmente trouxe um primor visual. E o melhor? Caso você queira capturar esses momentos, Death Stranding 2 apresenta um Modo Foto robusto, cheio de poses e parâmetros diferentes para mexer.

Imagem: Kojima Productions
A trilha sonora continua desempenhando um papel fundamental
Como qualquer outro jogo de Hideo Kojima, incluindo o primeiro título, Death Stranding 2 tem uma ênfase grande na trilha sonora – escolhida a dedo, por sinal. Por enquanto, não podemos comentar músicas ou artistas específicos, mas saiba que o material é de alta qualidade.
Uma das novidades por aqui e que podemos falar é sobre como você vai interagir com a música durante a sua jogatina. Em Death Stranding 2, você não precisa esperar a canção que você gosta tocar em momentos específicos: você pode montar a sua própria playlist e aproveitar o mundo aberto da melhor forma possível.

Imagem: Kojima Productions
Death Stranding 2 parece promissor e queremos jogar mais
Sem dúvidas, Death Stranding 2 não parece ser uma daquelas sequências que apenas iteram sobre o título anterior. Aqui, tudo parece maior, mais dinâmico, com mecânicas novas, experiências diferentes e até mesmo cenários completamente inéditos, vastos e recheados de atividades interessantes.
Hideo Kojima é conhecido por seus games bastante autorais e ideias bem fora da caixa. Sim, por mais que Death Stranding 2 tenha uma liberdade mais ampla e já ofereça ferramentas para o jogador aproveitar mais cedo, esse ainda é um jogo sobre entregas que tece uma história muito profunda e complexa.
Talvez seja uma chance nova para quem não foi instigado pelo primeiro, mas também pode não ser uma experiência para todos os paladares. Em contrapartida, como ocorreu com a própria Thais, a sequência traz o potencial de ser um ponto de virada para muitos jogadores.

Imagem: Kojima Productions
Segundo Thais Matsufugi, toda a campanha teve um tom mais convidativo ao gameplay e uma história com uma façanha muito positiva: ela fisga a atenção do jogador logo no início. Nas palavras dela, “Death Stranding 2 é o jogo que mais quero jogar em 2025 e mal posso esperar para saber tudo sobre os mistérios que foram postos aqui”.
Poderíamos falar muito mais sobre Death Stranding 2, incluindo como alguns personagens vão participar ativamente do gameplay, do sistema de customização ou até dos novos cenários, mas deixaremos vocês mesmos descobrirem para não estragar a surpresa. O que você precisa saber agora é que o novo título de Kojima é promissor e vem forte neste ano.
Death Stranding 2 chega ao PS5 no dia 24 de junho de 2025. Ansiosos? Deixe seu comentário!