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Tecnologia ajudou a mudar debate sobre OVNIs, afirma ex-Pentágono

A crescente disseminação da tecnologia e o acesso facilitado à informação têm desempenhado um papel fundamental na mudança da forma como a sociedade discute objetos voadores não identificados (OVNIs). Essa é a avaliação de Luis Elizondo, ex-oficial do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que comandou o Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP), ligado ao Pentágono.

Em entrevista à CNN, Elizondo afirmou que, graças aos avanços tecnológicos, as conversas sobre vida extraterrestre e fenômenos aéreos não identificados deixaram de ser exclusividade de grupos militares e passaram a fazer parte do debate público. A popularização de câmeras de alta resolução em celulares e o acesso imediato a conteúdos online transformaram o cenário investigativo e social em torno do tema.

OVNIs
Advento da tecnologia de câmeras de alta resolução e acesso a conteúdos online em tempo real elevaram o debate sobre temas como OVNIs (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A / Shutterstock.com)

Tecnologia coloca OVNIs na palma da mão

  • Segundo o ex-oficial, equipamentos acessíveis atualmente possibilitam registros que, até pouco tempo atrás, dependiam de dispositivos especializados.
  • “Temos a tecnologia em nossas mãos para tirar fotos usando dispositivos que há apenas 10 anos não tínhamos essa capacidade como agora”, afirmou.
  • Na entrevista, Elizondo também comentou os motivos que levaram o Brasil a silenciar casos de Ovnis durante a ditadura militar, em especial os registros da Operação Prato. Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.
  • Elizondo também destacou a mudança no perfil da busca por conhecimento.
  • “Quando eu ia para a escola, se eu quisesse aprender sobre algo, teria que ir a uma biblioteca e talvez o livro tivesse mais de 20 anos. Hoje, em 5 segundos, sua geração pode acessar todas as informações que existem no mundo”, comparou.
  • Ele citou ainda os avanços em transmissões ao vivo da NASA, que contribuem para maior transparência e interesse público sobre o tema.

Gerações mais abertas ao debate

Além do papel da tecnologia, o ex-comandante do AATIP elogiou a postura das novas gerações, que segundo ele são mais receptivas à ideia de vida inteligente fora da Terra e buscam discutir o assunto sob uma ótica científica. “Agora percebemos que vivemos em um universo inimaginavelmente grande e complexo”, disse Elizondo. “Estamos começando a ver sinais de que potencialmente há vida em outros planetas.”

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Ex-Pentágono destacou a abertura das novas gerações para aceitar o desconhecido como algo que favoreceu o debate sobre vida inteligente fora da Terra (Crédito: Loke Yek Mang/ Shutterstock.com)

Para o ex-oficial, o avanço nas conversas sobre OVNIs é resultado da união entre uma geração mais aberta e a melhoria no acesso às ferramentas tecnológicas. Ele avalia que o momento atual é decisivo para quebrar antigos tabus e permitir que o tema seja abordado com mais seriedade.

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Livro revela bastidores do programa secreto

Essas reflexões fazem parte do livro “Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a ÓVNIs”, publicado no Brasil pela Harper Collins. A obra apresenta a trajetória de Elizondo à frente do AATIP e detalha os bastidores das investigações conduzidas pelo Departamento de Defesa dos EUA.

O livro também aborda as dificuldades enfrentadas pelo ex-oficial para dar visibilidade ao tema em um ambiente ainda marcado por pressões religiosas e interesses da indústria aeroespacial norte-americana.

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